Freio na omissão
Correio Braziliense
A jovem democracia brasileira pede uma participação maior da população no processo eleitoral, afastando o velho e ignorante pensamento de que, "como ninguém presta, não vou votar"
Na próxima sexta-feira, se inicia mais uma campanha eleitoral no Brasil. Desta vez, cidadãos e cidadãs se preparam para escolher seus representantes nas câmaras municipais e nas prefeituras. Como tem sido tendência nos últimos pleitos, o cenário indica mais uma concorrência voltada à polarização entre os candidatos, novamente com a pauta de costumes ganhando contornos de peso, ainda que apurações municipais tendam, historicamente, a serem mais recortadas para políticas públicas, como transporte público, saúde e educação. O que, no entanto, precisa ser prioridade para a classe política e para as autoridades é frear a crescente onda da abstenção.
A jovem democracia brasileira pede uma participação maior da população no processo eleitoral, afastando o velho e ignorante pensamento de que, "como ninguém presta, não vou votar". Essas posições de negação da política levam o Brasil a um cenário no qual eleitos pouco têm a ver com o perfil da população do ponto de vista demográfico.