Minerais críticos abrem caminho promissor ao Brasil
O Globo
País é rico nos minérios que estão no centro
das negociações com a Ucrânia. Precisa saber aproveitá-los
A proposta de Donald Trump para
encerrar a guerra na Ucrânia envolve um acordo que garanta aos Estados Unidos
acesso a minerais críticos do subsolo ucraniano. Os americanos hoje importam 16
de um grupo de 51 minérios estratégicos para a transição energética, com
aplicações nas indústrias de defesa, aeroespacial, na produção de baterias,
painéis solares, semicondutores e noutros segmentos do setor eletroeletrônico.
Há aí um recado para o Brasil, que também concentra reservas desses minerais. O solo brasileiro abriga a terceira maior reserva dos 17 elementos químicos conhecidos como “terras raras”. Também contém a maior reserva global de nióbio (94% da disponibilidade no planeta), a segunda maior de grafite, a terceira de níquel e é o quinto maior fornecedor de lítio. No ano passado, o país exportou 2 milhões de toneladas desses minérios, com receita de US$ 6,3 bilhões, e importou 400 mil toneladas, por US$ 4,4 bilhões. Tem saldo positivo nesse comércio, que pode crescer e gerar novos negócios.