Prefeitos que não deram fim a lixões precisam se explicar
O Globo
Brasil ainda tem 3.000 depósitos irregulares
que causam doenças e aumentam o aquecimento global
Se todo o lixo produzido no mundo a cada ano
fosse colocado em contêineres enfileirados, cobriria distância maior que uma
viagem de ida e volta à Lua. Jogados em lixões, os resíduos causam problemas de
saúde pública, contaminam o meio ambiente e produzem gases que provocam o
aquecimento global. Entre 400 mil e 1 milhão de pessoas morrem por ano de
doenças ligadas à má gestão do lixo, diz relatório recente da ONU.
Em tema tão premente, prefeitos brasileiros de diferentes regiões devem explicações. No Brasil, 33,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, ou 40% do lixo gerado, têm destinação inadequada, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). A prática é um desrespeito à legislação e exige escrutínio de órgãos de controle.