Valor Econômico
Centrão mostra para petistas e bolsonaristas que 2025 é visto como um ano de contenção, sem passos arrojados para a esquerda ou direita
Muitos convidados já estavam na festa
oferecida por Hugo Motta após sua vitória na eleição para a presidência da
Câmara, quando começou a circular a informação, à boca pequena, que o anfitrião
ainda iria demorar um pouco a chegar. Um correligionário confidenciou: o
deputado e alguns de seus aliados mais próximos estavam na casa de um ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF).
Soube-se depois que ocorrera o mesmo com o
presidente recém-eleito do Congresso, Davi Alcolumbre, que organizara uma outra
comemoração na residência oficial do Senado.
Mas nada que tenha incomodado os presentes em ambos os eventos. O forró rolava solto. Nos bastidores, contudo, a movimentação era mais sutil. Nas rodas de conversa, a reunião era vista como um primeiro gesto da nova cúpula do Congresso em direção ao Judiciário, o Poder que tem buscado dar mais transparência à execução das emendas parlamentares ao Orçamento, com o apoio envergonhado do Executivo, a despeito da resistência de deputados e senadores.