Incêndios florestais exigem ação urgente do poder público
O Globo
Seca inclemente contribui para maior
quantidade de focos dos últimos 21 anos. E pior ainda pode estar por vir
Depois das cheias no Rio Grande do Sul, está
em curso novo desastre ambiental com a maior temporada de incêndios florestais
dos últimos 21 anos. Até a semana passada, o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) contava quase 28 mil focos de incêndio no primeiro semestre,
acima do recorde de 2003. A temporada deste ano promete ser tão ou mais severa,
pois a estação de incêndios, na maioria dos biomas, ocorre no segundo semestre
e chega ao auge entre setembro e outubro. O pior, provavelmente, ainda está por
vir.
Só no Pantanal, os focos de incêndio aumentaram mais de dez vezes em relação a 2023. E a combustão não tem se limitado a esse bioma. Ao longo dos últimos três anos, os incêndios têm varrido Cerrado e Amazônia, pondo em risco também Caatinga e Mata Atlântica. Apenas o Pampa ficou a salvo do fogo, como atestam as enchentes gaúchas.