sexta-feira, 8 de junho de 2018

Eleições: "Fico horrorizado com o candidato da bala", critica Alckmin

Renato Alban | Valor Econômico

SALVADOR - O pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu ontem uma " agenda de reformas" para o país em uma palestra em Salvador. "O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, na forma como arrecada o dinheiro e na forma como distribui. Isso aqui é o paraíso dos milionários, o paraíso dos privilegiados", afirmou o tucano em evento na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para Alckmin, reformas tributária, previdenciária e de Estado são necessárias para tornar o país mais competitivo. "O Brasil se tornou um país caro, não tem investimento e tem um mar de obras paradas. Ou muda isso ou vai continuar na decadência econômica."

O tucano criticou propostas de outros candidatos à Presidência. "Eu fico horrorizado ao ver o candidato da bala. Ninguém vai fazer emprego a bala."

O presidenciável também reclamou do excesso de taxações sobre o consumo e os corporativismos público e privado. "O conjunto enfraqueceu. É preciso enfrentar as corporações", disse o ex-governador de São Paulo na capital baiana.

Na palestra, o presidenciável defendeu que a Petrobrás não deve ser privatizada, mas que não pode continuar com monopólio sobre o refino do petróleo. "Também não precisa ter posto de gasolina e nem fazer o transporte. A iniciativa privada faz isso muito bem."

Ainda no evento, Alckmin afirmou que, se eleito, a prioridade da gestão seria a criação de emprego. Para diminuir os índices de violência, prometeu estruturar uma agência nacional de inteligência para impedir a entrada de drogas e armas no país.

Depois da palestra, Alckmin seguiu para a Assembleia Legislativa da Bahia, onde recebeu o título de cidadão baiano.

Antes de receber o título, o presidenciável concedeu entrevista à imprensa e ressaltou o foco de uma eventual gestão do PSDB. "A prioridade nossa, além de emprego e renda, vai ser segurança."

No âmbito da segurança, o tucano afirmou que, se eleito, vai montar uma equipe com membros das polícias e das forças armadas para cuidar da pasta. "Nós vamos ter uma guarda nacional permanente", disse Alckmin.

Sobre uma possível aliança com o atual governo nas eleições deste ano, o ex-governador de São Paulo disse que não pode se aliar com quem tem candidato. "O PMDB tem o Henrique Meireles. Quem não tiver candidato, nós vamos conversar".

Alckmin elogiou o pré-candidato do DEM, partido aliado do PSDB, Rodrigo Maia. "É um grande quadro. Um dos melhores dessa nova geração. É pré-candidato, mas vamos aguardar."

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