Reação ao tarifaço deve proteger soberania e economia brasileiras
Valor Econômico
A resposta à agressão do presidente Trump
deve, na medida do possível, sempre resguardando a nossa soberania, ser
calibrada de forma a preservar nossas cadeias de valor
O Brasil é uma economia fechada, e nossas
exportações para os Estados Unidos representam menos de 2% do Produto Interno
Bruto (PIB). Mas não há engano: o conflito tarifário desencadeado pelo
presidente Donald Trump pode ter repercussões negativas de curto, médio e longo
prazos sobre nossa economia.
Por isso, as negociações e eventuais medidas
de reciprocidade adotadas pelo Brasil devem ser, ao mesmo tempo, firmes na
defesa da soberania nacional, diante da inaceitável carta do presidente dos
EUA, Donald Trump, e inteligentes para resguardar os interesses
econômicos do país.
Reportagem publicada pelo Valor nesta sexta (11/7) mostra como, a essa altura, é difícil avaliar o prejuízo potencial ao Brasil. Do ponto de vista macroeconômico, as estimativas dos especialistas são muito amplas. De um lado, indicam uma perda, em termos de crescimento do PIB, de até 0,3% em 2025 e de até 0,5% em 2026. De outro, apontam impacto mais moderado, de 0,05% do PIB em 2026.