Fux erra no fundamental e acerta em detalhes
Por Folha de S. Paulo
Folha reitera que há evidências sólidas para
a condenação de Jair Bolsonaro com penas equilibradas
Os 11 ministros deveriam ter julgado o caso,
e redundância de penas também é tema importante, mas impunidade seria
desastrosa para democracia
Devido a manifestações anteriores, já se
imaginava que o ministro Luiz Fux,
do Supremo Tribunal Federal, pudesse ser uma voz destoante no julgamento
de Jair
Bolsonaro (PL) e aliados por
tentativa de golpe de Estado. Fux superou todas as expectativas, porém.
O magistrado votou por nada menos que a
anulação do processo, com o argumento de que o STF seria
incompetente para analisá-lo. Mais ainda, advogou a absolvição de Bolsonaro de
todas as acusações, que compreendem cinco crimes distintos.
Na primeira parte, disse que os réus já não ocupam cargo público que determine o julgamento pela corte mais alta do país, e portanto o foro adequado seria a primeira instância do Judiciário.