PARIS - O príncipe Mulay Hicham, de 46 anos e terceiro na linha de sucessão no trono do Marrocos, considera, em entrevista telefônica concedida em Paris, que a revolta que sacode o sul do Mediterrâneo chegará a seu país. Autor de artigos acadêmicos sobre o mundo árabe, o príncipe fundou, na Universidade de Princeton, o Instituto de Estudos Contemporâneos Transregionais do Oriente Médio, Norte da África e Ásia Central.
Apelidado de "Príncipe Vermelho" devido à sua campanha pela democratização do regime político marroquino, Hicham já criticou publicamente em diversas ocasiões a monarquia do país, e por isso, mantém uma tensa relação com seu primo, o rei Mohamed VI, no poder há dez anos. Ele acredita que o governo de seu primo tem a difícil tarefa de redinamizar a vida política do país antes que também o Marrocos passe pela revolta popular que se propaga no mundo árabe.
Afirmando que o mal-estar na região podia ser constatado já há muitos anos, o príncipe sublinha que os acontecimentos na Tunísia e no Egito derrubaram o muro simbólico do medo erguido na cabeça dos árabes e, por isso, Rabat precisa promover reformas antes que seja tarde. "A amplitude do poder monárquico desde a independência é incompatível com as novas reivindicações", afirma Mulay Hicham.
FONTE: O GLOBO
Apelidado de "Príncipe Vermelho" devido à sua campanha pela democratização do regime político marroquino, Hicham já criticou publicamente em diversas ocasiões a monarquia do país, e por isso, mantém uma tensa relação com seu primo, o rei Mohamed VI, no poder há dez anos. Ele acredita que o governo de seu primo tem a difícil tarefa de redinamizar a vida política do país antes que também o Marrocos passe pela revolta popular que se propaga no mundo árabe.
Afirmando que o mal-estar na região podia ser constatado já há muitos anos, o príncipe sublinha que os acontecimentos na Tunísia e no Egito derrubaram o muro simbólico do medo erguido na cabeça dos árabes e, por isso, Rabat precisa promover reformas antes que seja tarde. "A amplitude do poder monárquico desde a independência é incompatível com as novas reivindicações", afirma Mulay Hicham.
FONTE: O GLOBO
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