Encontro acontece um dia após o PPS anunciar apoio a uma eventual candidatura do PSB; movimento representa importante revés para os tucanos, que perdem aliado de 10 anos
Valmar Hupsel Filho
O senador Aécio Neves e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, jantaram juntos na noite de domingo, 8, no restaurante Gero, em Ipanema, Rio de Janeiro. O encontro entre dois prováveis concorrentes na disputa presidencial de 2014 aconteceu um dia após o PPS, tradicional aliado do PSDB, aprovar indicativo de apoio à aliança Rede-PSB, de Marina e Campos, para o ano que vem.
A decisão representa um importante revés na candidatura tucana. O PPS é um aliado do PSDB no plano nacional desde o início do governo Lula, há 10 anos.
O apoio do PPS à aliança Rede-PSB foi anunciado durante congresso do partido em São Paulo, no sábado. "O apoio ao Campos significa um reencontro de um partido de vertente comunista, o PPS, e outro de vertente socialista, o PSB, que historicamente é um aliado nosso", afirmou Freire na ocasião.
Embora tenha bancada pequena - são sete deputados na Câmara - e, consequentemente, pouco tempo de TV, tanto Campos quanto Aécio consideram simbólico ter o PPS como aliado. Ao perder o apoio do PPS, Aécio e o PSDB correm o risco de entrarem isolados na campanha, ou coligados apenas ao DEM.
Casual. Nesta segunda, 9, Campos disse que o encontro com o tucano foi algo "casual". "Fui gravar ontem (8) à tarde o programa do PSB no Rio e só podia voltar hoje (9) de manhã porque o aeroporto daqui (do Recife) está fechando às 11 horas da noite", contou. "Quando terminei fui jantar e encontrei Aécio que tinha saído da visita à irmã dele que está hospitalizada. Sentamos na mesa, conversamos um pouco, tomamos um café e saímos".
Fonte: O Estado de S. Paulo
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