Pré-candidatos tentam manter a estratégia dos palanques duplos
Maria Líma
BRASÍLIA - Em um discreto jantar domingo, no Rio, os presidentes do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, continuaram as articulações para a formação de palanques conjuntos em estados estratégicos, em 2014.
O pacto de não agressão no primeiro turno continua de pé, mas os dois principais adversários da presidente Dilma conversaram desta vez diante de uma nova realidade: a entrada de Marina Silva na coligação com o PSB, comprometendo a pretendida parceria.
Tucanos atribuem as novas dificuldades de entendimento ao radicalismo de Marina e sua má vontade com o PSDB. Já os socialistas alegam que os tucanos ficaram mais cautelosos por causa da ameaça concreta que a chapa Campos-Marina representa para Aécio, como mostram as pesquisas.
— Aécio e Eduardo continuam conversando sobre alianças regionais. Mas os problemas são muito fortes em São Paulo, Minas, Paraíba e Pernambuco. E a dificuldade maior é que o tempo está se esgotando — reconhece o deputado Sérgio Guerra (PSDB).
Beto Albuquerque (PSB-RS) diz que o pior dos erros é cair na armadilha do PT, que estimula uma guerra entre os dois. Mas admite que a chance de palanques duplos diminuiu bastante no pós-Marina.
— Não vamos deixar de estar juntos, mas PSDB e PSB agora vivem uma nova realidade e esses palanques duplos devem minguar.
Fonte: O Globo
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