Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo.
Uma candidatura do governador Geraldo Alckmin à presidência do PSDB divide o partido. Aliados do senador Tasso Jereissati dizem que, se Alckmin assumir a sigla, não poderá disputar as prévias que vão definir o candidato ao Planalto. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, segue o raciocínio. “Se Alckmin for o presidente do partido, isso significa que meu adversário (nas prévias) passa a ser o Doria. Se Tasso não pode presidir sua própria reeleição, óbvio fica que Alckmin não poderia, nessa hipótese, presidir as prévias”, afirma.
» Não pode mais. Esse grupo diz que Aécio Neves criou uma “jurisprudência tucana” ao decidir afastar Tasso da presidência da sigla para que concorresse à vaga em condição de igualdade com os demais candidatos. E que a regra agora vale nas prévias.
» Tem torcida. Apesar das resistências no PSDB, não é pequeno o grupo que apoia Geraldo Alckmin para comandar a sigla. Agora fora do Ministério das Cidades, Bruno Araújo é mais um a engrossar o discurso de que sem o governador a crise continua. Oficialmente, ele apoia Marconi Perillo.
» Aguarde… Antes de anunciar sua demissão na pasta das Cidades, Bruno Araújo ligou para o presidente do PSDB, Alberto Goldman, e avisou que teria “fatos novos”, sem dizer quais seriam. Goldman soube duas horas depois pela imprensa.
» Cabide. Um dos principais defensores de Michel Temer no Congresso, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) pleiteia o cargo no Ministério das Cidades. Ele já foi secretário estadual de Habitação.
» Pressão. Líderes governistas sugeriram ao presidente Temer colocar um nome do PMDB no Ministério das Cidades como forma de reduzir para 10 ou 15 votos a taxa de traição na bancada na votação da reforma da Previdência.
» Assustou. O líder do governo Temer no Congresso, André Moura (PSC-SE), disparou pelo Twitter: “A nossa triste realidade é que não temos um governo com pulso. A criminalidade aumenta e temos os piores índices de educação”. Ele se referia ao governo de Jackson Barreto, de Sergipe.
» Fraude. A fiscalização do Ministério do Trabalho suspendeu o pagamento de 49 mil benefícios do seguro-desemprego nos últimos 11 meses. Isso representou uma economia de R$ 633 milhões. A pasta estima que até o fim do ano as fraudes possam chegar a R$ 800 milhões.
» Fantasma. O Maranhão é o Estado com mais fraudes no seguro-desemprego. Foram 16,4 mil benefícios suspensos este ano, o dobro do detectado em São Paulo. As irregularidades contam com ajuda de contadores e servidores públicos que criam CPFs sem dono. » Lenha na fogueira. No STF, as apostas são de que a decisão da ministra Cármen Lúcia de pautar a retomada do julgamento sobre foro privilegiado para dia 23/11 vai acirrar ainda mais os ânimos dentro da Corte.
» Prazo. Henrique Meirelles, Fazenda, disse a interlocutores do setor financeiro que maio é o limite para aprovação da idade mínima na reforma do INSS. Depois, a eleição não deixa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário