Eduardo revida declaração da PF
Pedro Romero
BEZERROS (PE) - Em agenda neste município, ontem pela manhã, o governador Eduardo Campos (PSB) preferiu não alimentar polêmica com o superintendente estadual da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, que, em entrevista ao JC, terça-feira (23), rebateu as insinuações feitas pelo socialista de que existe motivação política nas investigações da corporação sobre os convênios celebrados entre a empresa Ideia Digital e as administrações do PSB na Paraíba e em Pernambuco. Após informar que o superintendente divulgaria nota sobre o assunto, Eduardo acrescentou: "estão querendo jogar essa pecha em mim, mas não vai pegar".
A nota, divulgada à tarde, não faz referência à entrevista do superintendente ao JC. Diz apenas que não ficou comprovada durante as investigações da PF (Operação Logoff) o envolvimento de agentes públicos ou a existência de fraudes em contratos do governo do Estado, o que não chegou a ser divulgado. O Tribunal de Contas (TCE), no entanto, abriu duas auditorias para averiguar indícios de irregularidades em contratos das secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia e Educação com a empresa.
Na entrevista em Bezerros, o governador enfatizou que está tranquilo e que tomou todas as medidas necessárias quando surgiram as primeiras informações sobre possíveis problemas com a Ideia Digital. "Estou absolutamente tranquilo, não tem nada de errado aqui (Pernambuco). Já passei por várias investigações, acho que sou uma das pessoas mais investigadas desse País", comentou.
As poucas declarações de Eduardo - provável candidato à Presidência em 2014 - demonstraram sua insatisfação com o assunto, que pode ameaçar a convivência dele com o governo federal. Na última segunda (22), o socialista queixou-se de supostas motivações políticas nas investigações, fato que foi rechaçado pelo superintendente da PF.
Eduardo também rebateu declarações do ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE), de que o "PSB está perplexo e numa posição esquizofrênica". Destacando que tem uma relação de respeito e companheirismo com Ciro, o governador disse: "O PSB está bem, tranquilo. Nunca esteve numa posição tão boa como essa e tem uma contribuição importante para dar em 2014".
Eduardo ressaltou ainda que tem recebido apoio da bancada e da direção do partido. "Não tem nenhum problema no PSB. Se aparecer, a gente resolve no diálogo", afirmou o governador.
Apesar dos indícios de que pretende mesmo disputar a Presidência, Eduardo destacou que o momento exige reflexão de todas as forças. Para ele, é preciso, primeiro, pensar no Brasil e, só depois, em candidaturas.
Fonte: Jornal do Commercio (PE
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