Angela Lacerda
RECIFE - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse ontem que qualquer desacordo interno do PSB sobre as eleições de 2014 será resolvidos com "diálogo".
Presidente nacional do partido, Campos tenta viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto no ano que vem. Para isso, tem "enquadrado" diretórios que ainda defendem a reeleição da presidente Dilma Rousseff, conforme revelou ontem o Estado. Em Minas Gerais, por exemplo, o dilmista Walfrido Mares Guia, ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, foi substituído no comando do PSB estadual pelo deputado Júlio Delgado, defensor de Campos.
"O tratamento que vamos dar a todos os companheiros do PSB é o tratamento que sempre demos: de total respeito, companheirismo, diálogo franco, consenso, unidade partidária", disse o governador pernambucano depois de inaugurar uma escola técnica no município de Bezerros, no agreste do Estado.
"Acho que o debate vai ser sempre necessário, na hora certa, nos fóruns certos e o PSB vai ter um papel muito importante para ajudar o Brasil em 2014, com muita tranquilidade, com muita firmeza e com enorme unidade", afirmou, sem tratar diretamente de suas intenções presidenciais no ano que vem.
Campos vem tratando de uma eventual candidatura apenas nos bastidores. Seu partido ainda integra a base de Dilma e mantém cargos no governo.
Reuniões. Campos afirmou que recebeu em Recife a executiva nacional do partido no dia 1° de julho. Na ocasião, segundo o governador, ficou fechada posição de forma unânime em torno do documento "PSB e o Novo Brasil", com diretrizes do partido. Na semana passada, ele também recebeu a bancada do PSB no Congresso - participaram do encontro 16 deputados federais e três senadores.
"Não tem problemas no PSB e se aparecer (problema) agente resolve com diálogo e democracia". Para ele, não houve "nada de diferente" na decisão de colocar Julio Delgado no comando do partido em Minas Gerais. "Há algum tempo se vinha discutindo mudança na direção de Minas Gerais, já estava vencida a comissão provisória", disse.
A estratégia do PSB no Estado é manter boas relações com o PSDB de Aécio Neves, de quem é aliado local. Segundo os dirigentes estaduais, as eleições tanto ao Planalto quanto em Minas devem ser definidas em dois turnos, razão pela qual é importante manter o acordo com os tucanos.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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