À medida que se prolonga o conflito na Líbia, crescem as pressões dentro dos EUA para que o governo forneça armas para as forças rebeldes -e Washington já diz não descartar essa hipótese.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse ontem que armar os rebeldes é uma das alternativas que estão sendo estudadas. "A opção de fornecer assistência militar está na mesa porque nenhuma opção foi retirada."
A declaração do porta-voz veio um dia depois de senadores (tanto democratas como republicanos) cobrarem uma ajuda maior dos EUA para as forças que lutam contra os defensores do ditador Muammar Gaddafi.
Senadores como John Kerry e John McCain (dois ex-candidatos à Presidência americana) defenderam a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia.
Outros apoiaram ainda o fornecimento de armas e inteligência para os rebeldes líbios. Uma das ideias aventadas é o fornecimento via aérea de armamento.
A resolução da ONU aprovada pelo Conselho de Segurança há duas semanas prevê o embargo de armas no país africano.
Mas, as sanções são dirigidas à República Árabe Líbia Popular e Socialista (o nome oficial do país), o que pode ser interpretado como dirigidas ao governo de Gaddafi, e não aos rebeldes.
Para o senador democrata Kent Conrad, que viveu na Líbia nos anos 1960, as pessoas que defendem a queda do regime na Líbia não podem ter menos armas "que os militares ainda fiéis a Gaddafi e, mais importante, que os mercenários que foram contratados por ele".
Não seria a primeira vez que os EUA forneceriam armas para rebeldes. Isso foi marcante na presidência de Ronald Reagan (1981-1989), com ajuda a países como Afeganistão e Nicarágua com resultados questionáveis.
Uma das críticas feitas no caso do Afeganistão é que o armamento e o treinamento entregues pelos EUA acabaram ajudando a Al Qaeda.
SAUDITAS
Segundo reportagem de Robert Fisk, publicada pelo jornal britânico "The Independent", os EUA já entraram em contato com o governo da Arábia Saudita para fornecer armamentos para os rebeldes de Benghazi.
Os sauditas ainda não teriam respondido ao pedido.
Mas, para Matt Schroeder, especialista em armamentos da Federação de Cientistas Americanos, é pouco provável que os EUA tenham solicitado a colaboração saudita.
MILITAR
O presidente Barack Obama disse ontem ainda que os EUA e a Otan (aliança militar ocidental, formada por 28 países) estão estudando várias alternativas em resposta à violência na Líbia, entre elas, a opção militar.
Ele não especificou quais seriam as hipóteses que estão sendo analisadas, mas que pretende mandar uma "mensagem muito clara" para Gaddafi.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a entidade estuda todos os cenários, inclusive a zona de exclusão aérea, mas que qualquer intervenção depende do aval da ONU.
"Nós pedimos ao nosso pessoal militar para realizar todo o planejamento necessário para que fiquemos preparados em um curto prazo."
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse ontem que armar os rebeldes é uma das alternativas que estão sendo estudadas. "A opção de fornecer assistência militar está na mesa porque nenhuma opção foi retirada."
A declaração do porta-voz veio um dia depois de senadores (tanto democratas como republicanos) cobrarem uma ajuda maior dos EUA para as forças que lutam contra os defensores do ditador Muammar Gaddafi.
Senadores como John Kerry e John McCain (dois ex-candidatos à Presidência americana) defenderam a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia.
Outros apoiaram ainda o fornecimento de armas e inteligência para os rebeldes líbios. Uma das ideias aventadas é o fornecimento via aérea de armamento.
A resolução da ONU aprovada pelo Conselho de Segurança há duas semanas prevê o embargo de armas no país africano.
Mas, as sanções são dirigidas à República Árabe Líbia Popular e Socialista (o nome oficial do país), o que pode ser interpretado como dirigidas ao governo de Gaddafi, e não aos rebeldes.
Para o senador democrata Kent Conrad, que viveu na Líbia nos anos 1960, as pessoas que defendem a queda do regime na Líbia não podem ter menos armas "que os militares ainda fiéis a Gaddafi e, mais importante, que os mercenários que foram contratados por ele".
Não seria a primeira vez que os EUA forneceriam armas para rebeldes. Isso foi marcante na presidência de Ronald Reagan (1981-1989), com ajuda a países como Afeganistão e Nicarágua com resultados questionáveis.
Uma das críticas feitas no caso do Afeganistão é que o armamento e o treinamento entregues pelos EUA acabaram ajudando a Al Qaeda.
SAUDITAS
Segundo reportagem de Robert Fisk, publicada pelo jornal britânico "The Independent", os EUA já entraram em contato com o governo da Arábia Saudita para fornecer armamentos para os rebeldes de Benghazi.
Os sauditas ainda não teriam respondido ao pedido.
Mas, para Matt Schroeder, especialista em armamentos da Federação de Cientistas Americanos, é pouco provável que os EUA tenham solicitado a colaboração saudita.
MILITAR
O presidente Barack Obama disse ontem ainda que os EUA e a Otan (aliança militar ocidental, formada por 28 países) estão estudando várias alternativas em resposta à violência na Líbia, entre elas, a opção militar.
Ele não especificou quais seriam as hipóteses que estão sendo analisadas, mas que pretende mandar uma "mensagem muito clara" para Gaddafi.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a entidade estuda todos os cenários, inclusive a zona de exclusão aérea, mas que qualquer intervenção depende do aval da ONU.
"Nós pedimos ao nosso pessoal militar para realizar todo o planejamento necessário para que fiquemos preparados em um curto prazo."
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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