Fernanda Godoy
NOVA YORK. Com o agravamento da crise humanitária na Líbia e nas fronteiras do país com a Tunísia e o Egito - estima-se em um milhão o número de pessoas que precisa de assistência na região - o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, acertou com o governo líbio a entrada de um enviado especial e uma missão de avaliação. Ban nomeou o jordaniano Abdelilah al-Khatib, ex-ministro das Relações Exteriores e atualmente senador em seu país, como enviado para negociar com as autoridades líbias.
Al-Khatib, de 56 anos, foi ministro das Relações Exteriores da Jordânia entre 1998 e 2002, e de 2005 a 2007. Ele chega amanhã a Nova York para se reunir com o secretário-geral da ONU e receber orientações antes de seguir para Trípoli.
Segundo o porta-voz de Ban Ki-moon, o enviado terá como primeira missão tratar da crise humanitária, mas seu mandato é bem mais amplo, incluindo contatos políticos. A coordenadora da ONU para Emergências e Ajuda Humanitária, Valerie Amos, que passou o fim de semana na fronteira da Tunísia com a Líbia, estimou em um milhão o número de pessoas que precisa de assistência. A ONU fez um apelo para levantar US$160 milhões para ajudar essas pessoas.
- Esse apelo é baseado em uma projeção de que 400 mil deixarão a Líbia, inclusive as 200 mil que já saíram, e de que 600 mil que estão no país precisarão de ajuda humanitária - disse Valerie Amos em Genebra.
Segundo ela, a prioridade agora é a cidade de Misurata, dominada pelos rebeldes, mas que está sofrendo desde o fim de semana fortes ataques de forças leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi.
Nações Unidas fazem pedido a países desenvolvidos
O alto comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, destacou a importância de que países desenvolvidos ofereçam acolhida para pessoas que não terão condições de voltar para casa, entre eles iraquianos e somalis. Guterres disse acreditar que centenas de milhares de africanos que trabalham na Líbia estejam com medo de deixar suas casas e se dirigir à fronteira.
- Há uma confusão na população, em geral entre pessoas inocentes e mercenários que estão trabalhando para o governo. Isso criou um clima de terror que está fazendo com que esses estrangeiros tenham medo de se mover - afirmou Guterres.
O anúncio veio no mesmo dia em que Ban pediu o fim de ataques indiscriminados contra civis no país, alertando para uma "carnificina nos próximos dias".
FONTE: O GLOBO
NOVA YORK. Com o agravamento da crise humanitária na Líbia e nas fronteiras do país com a Tunísia e o Egito - estima-se em um milhão o número de pessoas que precisa de assistência na região - o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, acertou com o governo líbio a entrada de um enviado especial e uma missão de avaliação. Ban nomeou o jordaniano Abdelilah al-Khatib, ex-ministro das Relações Exteriores e atualmente senador em seu país, como enviado para negociar com as autoridades líbias.
Al-Khatib, de 56 anos, foi ministro das Relações Exteriores da Jordânia entre 1998 e 2002, e de 2005 a 2007. Ele chega amanhã a Nova York para se reunir com o secretário-geral da ONU e receber orientações antes de seguir para Trípoli.
Segundo o porta-voz de Ban Ki-moon, o enviado terá como primeira missão tratar da crise humanitária, mas seu mandato é bem mais amplo, incluindo contatos políticos. A coordenadora da ONU para Emergências e Ajuda Humanitária, Valerie Amos, que passou o fim de semana na fronteira da Tunísia com a Líbia, estimou em um milhão o número de pessoas que precisa de assistência. A ONU fez um apelo para levantar US$160 milhões para ajudar essas pessoas.
- Esse apelo é baseado em uma projeção de que 400 mil deixarão a Líbia, inclusive as 200 mil que já saíram, e de que 600 mil que estão no país precisarão de ajuda humanitária - disse Valerie Amos em Genebra.
Segundo ela, a prioridade agora é a cidade de Misurata, dominada pelos rebeldes, mas que está sofrendo desde o fim de semana fortes ataques de forças leais ao ditador líbio, Muamar Kadafi.
Nações Unidas fazem pedido a países desenvolvidos
O alto comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, destacou a importância de que países desenvolvidos ofereçam acolhida para pessoas que não terão condições de voltar para casa, entre eles iraquianos e somalis. Guterres disse acreditar que centenas de milhares de africanos que trabalham na Líbia estejam com medo de deixar suas casas e se dirigir à fronteira.
- Há uma confusão na população, em geral entre pessoas inocentes e mercenários que estão trabalhando para o governo. Isso criou um clima de terror que está fazendo com que esses estrangeiros tenham medo de se mover - afirmou Guterres.
O anúncio veio no mesmo dia em que Ban pediu o fim de ataques indiscriminados contra civis no país, alertando para uma "carnificina nos próximos dias".
FONTE: O GLOBO
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