DEU EM O GLOBO
A queda na diferença entre os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) de 14 para 4 pontos, registrada pelo Datafolha, fez aumentar a pressão por uma definição do governador paulista e pelo nome de Aécio Neves como vice na chapa da oposição.
Cresce pressão sobre Serra e Aécio
No Datafolha, diferença entre governador paulista e Dilma cai; PT comemora
Adriana Vasconcelos
O crescimento da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, na última pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial fez a oposição entrar em estado de alerta. Isso porque a redução da vantagem do governador paulista José Serra (PSDB) em relação a Dilma, de 14 para quatro pontos percentuais, foi maior do que se esperava. Os tucanos temem que isso reforce as especulações de que Serra poderia trocar a acirrada disputa nacional por uma reeleição mais tranquila em São Paulo. Outra preocupação para a oposição é a redução da diferença entre ele e Dilma no Sudeste, de 22 para 14 pontos. Com isso, aumentam também as pressões para que o governador de Minas, Aécio Neves, aceite ser vice na chapa de Serra.
Nos bastidores, alguns tucanos admitiram ontem que o maior temor agora é que a campanha oficial comece com Dilma Rousseff liderando as pesquisas, tirando o maior trunfo do PSDB até então.
A queda de Serra nas pesquisas está sendo atribuída não só à sua demora para oficializar a candidatura, mas aos problemas enfrentados pelo governador em São Paulo, como as enchentes nos dois primeiros meses do ano.
- Nosso problema é que não temos um candidato definido, o que suscita dúvidas entre nossos aliados. E é claro que isso causa preocupação - admite o líder do DEM, senador José Agripino (RN).
"Precisaremos de sangue frio"
A avaliação entre os tucanos é que a redução da vantagem de Serra para Dilma poderá não só aumentar as resistências de Aécio a ser vice na chapa de Serra, como levá-lo a se recusar a assumir o posto de candidato à Presidência caso o governador paulista opte pela reeleição no estado. Serra e Aécio deverão se reunir esta semana em Minas Gerais.
A queda de Serra nas pesquisas também poderá dificultar as negociações para garantir o ingresso do PTB e do PSC na aliança nacional idealizada pela oposição, que garantiria o aumento do tempo de TV do candidato do PSDB de seis para oito minutos. Publicamente, porém, a oposição tenta mostrar tranquilidade.
A expectativa é que os próximos três meses serão muito difíceis para Serra e seus aliados.
- Precisaremos ter paciência e sangue frio para aguentar este período em que os fatos se dão em torno da Dilma, mas isso acontecerá conosco quando Serra se lançar candidato - diz o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), um dos principais aliados de Serra.
Sem esconder o otimismo, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, considera que o resultado da pesquisa mostra que o partido está no caminho certo e que o nome de Dilma está consolidado para as eleições de outubro. Dutra diz não acreditar, porém, que Serra desista da disputa.
- Estamos felizes, é claro. Esta pesquisa mostra que estamos no caminho certo, e agora quem fala em plano B é a oposição - provoca Dutra.
- Esse é apenas um retrato momentâneo. Temos todas as condições de revertê-lo - aposta o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG).
Para facilitar a trajetória de Serra, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, insiste na necessidade de Aécio ser vice na chapa:
- Neste momento, a oposição precisa estar mais unida do que nunca.
- A pressão para Aécio ser vice demonstra a fragilidade da candidatura de Serra - alfineta Dutra, presidente nacional do PT.
Ontem, Serra não comentou o resultado da pesquisa Datafolha.
A queda na diferença entre os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) de 14 para 4 pontos, registrada pelo Datafolha, fez aumentar a pressão por uma definição do governador paulista e pelo nome de Aécio Neves como vice na chapa da oposição.
Cresce pressão sobre Serra e Aécio
No Datafolha, diferença entre governador paulista e Dilma cai; PT comemora
Adriana Vasconcelos
O crescimento da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, na última pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial fez a oposição entrar em estado de alerta. Isso porque a redução da vantagem do governador paulista José Serra (PSDB) em relação a Dilma, de 14 para quatro pontos percentuais, foi maior do que se esperava. Os tucanos temem que isso reforce as especulações de que Serra poderia trocar a acirrada disputa nacional por uma reeleição mais tranquila em São Paulo. Outra preocupação para a oposição é a redução da diferença entre ele e Dilma no Sudeste, de 22 para 14 pontos. Com isso, aumentam também as pressões para que o governador de Minas, Aécio Neves, aceite ser vice na chapa de Serra.
Nos bastidores, alguns tucanos admitiram ontem que o maior temor agora é que a campanha oficial comece com Dilma Rousseff liderando as pesquisas, tirando o maior trunfo do PSDB até então.
A queda de Serra nas pesquisas está sendo atribuída não só à sua demora para oficializar a candidatura, mas aos problemas enfrentados pelo governador em São Paulo, como as enchentes nos dois primeiros meses do ano.
- Nosso problema é que não temos um candidato definido, o que suscita dúvidas entre nossos aliados. E é claro que isso causa preocupação - admite o líder do DEM, senador José Agripino (RN).
"Precisaremos de sangue frio"
A avaliação entre os tucanos é que a redução da vantagem de Serra para Dilma poderá não só aumentar as resistências de Aécio a ser vice na chapa de Serra, como levá-lo a se recusar a assumir o posto de candidato à Presidência caso o governador paulista opte pela reeleição no estado. Serra e Aécio deverão se reunir esta semana em Minas Gerais.
A queda de Serra nas pesquisas também poderá dificultar as negociações para garantir o ingresso do PTB e do PSC na aliança nacional idealizada pela oposição, que garantiria o aumento do tempo de TV do candidato do PSDB de seis para oito minutos. Publicamente, porém, a oposição tenta mostrar tranquilidade.
A expectativa é que os próximos três meses serão muito difíceis para Serra e seus aliados.
- Precisaremos ter paciência e sangue frio para aguentar este período em que os fatos se dão em torno da Dilma, mas isso acontecerá conosco quando Serra se lançar candidato - diz o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), um dos principais aliados de Serra.
Sem esconder o otimismo, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, considera que o resultado da pesquisa mostra que o partido está no caminho certo e que o nome de Dilma está consolidado para as eleições de outubro. Dutra diz não acreditar, porém, que Serra desista da disputa.
- Estamos felizes, é claro. Esta pesquisa mostra que estamos no caminho certo, e agora quem fala em plano B é a oposição - provoca Dutra.
- Esse é apenas um retrato momentâneo. Temos todas as condições de revertê-lo - aposta o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG).
Para facilitar a trajetória de Serra, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, insiste na necessidade de Aécio ser vice na chapa:
- Neste momento, a oposição precisa estar mais unida do que nunca.
- A pressão para Aécio ser vice demonstra a fragilidade da candidatura de Serra - alfineta Dutra, presidente nacional do PT.
Ontem, Serra não comentou o resultado da pesquisa Datafolha.
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