Folha de S. Paulo
Supersalários são manifestação gritante de
corrupção institucional
Gastamos pelo menos R$ 20 bilhões em
remuneração ilegal no último ano
Um magistocrata de estirpe não pensa em
crescer como pessoa. Pensa em crescer como pessoa remunerada, abusadamente
remunerada. Pertence ao gênero dos que vieram ao mundo a negócios, e de uma
espécie particular: explora a função de operador da justiça para se locupletar
à margem da lei. Está num lugar mais seguro para torcer a legalidade em
benefício próprio.
O extrativismo magistocrático é praticado por grileiros do orçamento público, os maiores grileiros do Estado brasileiro. A predação de recursos pela cúpula do serviço público fabrica instituições corruptas. Não é o preço inevitável do estado de direito, é o preço de um estado de direito sequestrado por uma minúscula fração de agentes do Estado.






