O Estado de S. Paulo
Melhor aposta: direita deve consolidar sua vitória também no segundo turno, mas rachada
Com segundo turno em 15 capitais, seis
parecem decididas, mas nunca é demais lembrar que ninguém morre e ninguém ganha
jogos e eleições de véspera e este domingo promete muitas emoções também porque
pesquisas indicavam nove empates técnicos até sexta-feira, antes dos últimos
debates – que podem ser decisivos quando a disputa é acirrada, mas raramente
provocam reviravoltas estonteantes. Candidatos, candidatas, padrinhos, partidos
e milhões de eleitores com o coração nas mãos.
Em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) demorou, mas aprendeu e estava firme, seguro e com boa movimentação em cena no debate da Rede Globo. Pode ter sido tarde, porque ele tem um rival poderoso, a rejeição, e o favorito, Ricardo Nunes (MDB), chegou à campanha com as condições objetivas favoráveis de quem disputa a reeleição. Nunes entrou no debate pelo empate, Boulos precisava repetir os 5 x 0 do Botafogo no Peñarol.
Os seis candidatos apontados como francos
favoritos pela Quaest são Nunes em São Paulo, Sebastião Melo em Porto Alegre e
Igor em Belém, ambos também do MDB; Emília Correa (PL) em Aracaju, Cícero
Lucena (PP) em João Pessoa e Sandro Mabel (União) em Goiânia, onde Jair
Bolsonaro pretende ir hoje. Não exatamente por Fred Rodrigues, candidato do PL,
mas para trocar desaforos com o governador Ronaldo Caiado, um dos
pré-candidatos da direita em 2026.
Note-se que a esquerda não lidera em nenhuma
capital, nem nas que já têm francos favoritos nem naquelas com empates
técnicos. O PL de Bolsonaro concorre em nove das 15, com forte chance em duas e
empatado nas demais. PT e União Brasil estão no segundo turno em quatro cada
um, MDB em três, PSD, PP e Podemos em duas e PSOL, Avante, PDT e PMB, em uma.
Chama a atenção a presença muito mais
expressiva da direita, com seus partidos disputando entre si em muitas das
capitais, especialmente o PL bolsonarista contra siglas do Centrão, como PP e
União Brasil, o que desenha o mapa das forças políticas para 2026 e deve ter
impacto na sucessão de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara, em fevereiro
de 2025. Todos os candidatos são de partidos à direita ou centro-direita e,
neste caso, PT e esquerda são considerados fiéis da balança.
Cara a cara, o PT de Lula e o PL de Bolsonaro
se enfrentarão em Fortaleza, reduto petista, e em Cuiabá, campo bolsonarista,
mas com empate técnico nos dois e é arriscado apostar. Tudo pode acontecer.
Também é curiosa a eleição em Campo Grande, entre duas mulheres, Adriane Lopes
(PP) e Rose Modesto (União). Dos 30 candidatos, oito são mulheres, duas do PT,
as demais do PL e do Centrão.
Bom voto!l
Um comentário:
Obrigado,eu não voto,rs.
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