ELEIÇÕES
Luiz Carlos Azedo
Ex-presidente da República avalia que o governador de Minas Gerais pode se credenciar à disputa presidencial de 2010 dependendo do posicionamento adotado por ele diante da crise econômica
Diante do impacto da crise no Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que ainda é muito cedo para o PSDB definir seu candidato a presidente da República e que a opção da legenda dependerá das circunstâncias da eleição. “Tudo vai depender de como cada um se posiciona politicamente diante da crise. Pode ser o Serra, pode ser o Aécio, que faz um grande governo em Minas e pode sair dessa crise com o melhor nome do partido”, admitiu. Fernando Henrique tem um almoço marcado com Aécio no dia 2 de dezembro, em Minas.
O impasse na definição do candidato do PSDB, segundo ele, só se resolverá perto da eleição em função da mudança de cenário político. “O fundamental é o partido chegar unido em 2010, mas não tenho dúvidas de que as circunstâncias é que determinarão o perfil do candidato. Quem parece ser o melhor nome hoje pode não ser amanhã”, avaliou.
Fernando Henrique, que considerava Serra mais experiente para o cargo, reavaliou seu posicionamento: “Aécio demonstrou uma grande capacidade administrativa no seu governo”. O tucano anunciou o encontro com Aécio nos primeiros dias de dezembro durante gravação de entrevista exclusiva para o programa 3 a 1, da TV, Brasil, que irá ao ar na próxima quarta-feira.
Durante a entrevista, FHC defendeu o programa de privatizações de seu governo, negou envolvimento com o banqueiro Daniel Dantas e disse que não quis privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil porque considera as duas empresas estratégicas. “Privatizar ou estatizar depende das circunstâncias, o importante é garantir a concorrência”, justificou. “O que é me preocupa agora é que está havendo muita concentração”, criticou.
Liquidez
Fernando Henrique também atacou os gastos do governo federal, mas negou que aposte no quanto pior melhor. “É claro que torço para que as medidas adotadas por Lula dêem resultado positivo para o país. Quem mais sofre com a crise é o povo, quero o melhor para o Brasil”, disse. Ao comparar a crise atual com a que enfrentou durante o segundo mandato, ele disse que a situação é diferente: “Naquela época houve uma crise cambial, agora o problema é a falta de liquidez nos Estados Unidos”.
Muito ligado ao Partido Democrata, Fernando Henrique destacou a importância da eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos, mas disse que o Brasil não deve ter ilusões em relação ao tratamento dado ao nosso país pelo futuro governo norte-americano.
“Enquanto eles estiverem plantando milho, nós não vamos quebrar as barreiras ao etanol brasileiro. Eles se movem por interesse e nós temos que fazer a mesma coisa”, disse.
Segundo ele, a eleição de Obama teve um significado muito importante “porque é um negro na Presidência da maior potência do planeta”. O ex-presidente observou que as relações entre Brasil e EUA continuarão tendo pontos de aproximação e de afastamento. Simbolicamente, segundo ele, o fechamento da prisão de Guantánamo já sinaliza uma mudança de rumo na política externa, mas Obama vai dar prioridade aos problemas dos EUA.
DILMA GRATIFICADA
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que se sentiu “extremamente gratificada” ao ver seu nome citado pelo presidente Lula como potencial candidata para substituí-lo em 2010. “Qualquer um se sentiria, diante da magnitude deste cargo. Mas não houve convite oficial. O presidente está trabalhando com várias hipóteses e fazer qualquer comentário sobre isso é falar em cima de uma hipótese que ainda não está madura”, declarou. Dilma participou de evento no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), no Rio.
Luiz Carlos Azedo
DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Ex-presidente da República avalia que o governador de Minas Gerais pode se credenciar à disputa presidencial de 2010 dependendo do posicionamento adotado por ele diante da crise econômica
Diante do impacto da crise no Brasil, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que ainda é muito cedo para o PSDB definir seu candidato a presidente da República e que a opção da legenda dependerá das circunstâncias da eleição. “Tudo vai depender de como cada um se posiciona politicamente diante da crise. Pode ser o Serra, pode ser o Aécio, que faz um grande governo em Minas e pode sair dessa crise com o melhor nome do partido”, admitiu. Fernando Henrique tem um almoço marcado com Aécio no dia 2 de dezembro, em Minas.
O impasse na definição do candidato do PSDB, segundo ele, só se resolverá perto da eleição em função da mudança de cenário político. “O fundamental é o partido chegar unido em 2010, mas não tenho dúvidas de que as circunstâncias é que determinarão o perfil do candidato. Quem parece ser o melhor nome hoje pode não ser amanhã”, avaliou.
Fernando Henrique, que considerava Serra mais experiente para o cargo, reavaliou seu posicionamento: “Aécio demonstrou uma grande capacidade administrativa no seu governo”. O tucano anunciou o encontro com Aécio nos primeiros dias de dezembro durante gravação de entrevista exclusiva para o programa 3 a 1, da TV, Brasil, que irá ao ar na próxima quarta-feira.
Durante a entrevista, FHC defendeu o programa de privatizações de seu governo, negou envolvimento com o banqueiro Daniel Dantas e disse que não quis privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil porque considera as duas empresas estratégicas. “Privatizar ou estatizar depende das circunstâncias, o importante é garantir a concorrência”, justificou. “O que é me preocupa agora é que está havendo muita concentração”, criticou.
Liquidez
Fernando Henrique também atacou os gastos do governo federal, mas negou que aposte no quanto pior melhor. “É claro que torço para que as medidas adotadas por Lula dêem resultado positivo para o país. Quem mais sofre com a crise é o povo, quero o melhor para o Brasil”, disse. Ao comparar a crise atual com a que enfrentou durante o segundo mandato, ele disse que a situação é diferente: “Naquela época houve uma crise cambial, agora o problema é a falta de liquidez nos Estados Unidos”.
Muito ligado ao Partido Democrata, Fernando Henrique destacou a importância da eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos, mas disse que o Brasil não deve ter ilusões em relação ao tratamento dado ao nosso país pelo futuro governo norte-americano.
“Enquanto eles estiverem plantando milho, nós não vamos quebrar as barreiras ao etanol brasileiro. Eles se movem por interesse e nós temos que fazer a mesma coisa”, disse.
Segundo ele, a eleição de Obama teve um significado muito importante “porque é um negro na Presidência da maior potência do planeta”. O ex-presidente observou que as relações entre Brasil e EUA continuarão tendo pontos de aproximação e de afastamento. Simbolicamente, segundo ele, o fechamento da prisão de Guantánamo já sinaliza uma mudança de rumo na política externa, mas Obama vai dar prioridade aos problemas dos EUA.
DILMA GRATIFICADA
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que se sentiu “extremamente gratificada” ao ver seu nome citado pelo presidente Lula como potencial candidata para substituí-lo em 2010. “Qualquer um se sentiria, diante da magnitude deste cargo. Mas não houve convite oficial. O presidente está trabalhando com várias hipóteses e fazer qualquer comentário sobre isso é falar em cima de uma hipótese que ainda não está madura”, declarou. Dilma participou de evento no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), no Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário