DEU EM O GLOBO
Após as bolsas mundiais acumularem perdas de US$ 3 trilhões em três dias de pânico nos mercados, Estados Unidos e Europa se uniram para combater a crise grega e evitar o contágio global. O presidente Obama prometeu à chanceler alemã, Ângela Merkel, apoiar os esforços europeus e cobrou “forte resposta financeira da comunidade internacional”. Ministros de Finanças do G-7 também convocaram reunião de emergência para deter a crise, e seis nações, entre elas Alemanha e França, deram aval ao pacote de €110 bilhões para a Grécia. Apesar da articulação política, as bolsas caíram 1,33% em Nova York e 4,6% em Paris. A Bovespa fechou em baixa de 0,86% e o dólar ficou estável, a R$ 1,851.
Ricos se unem para conter crise
Após perda de US$ 3 tri nas bolsas, Obama promete apoio a Europa e G-7 tem reunião emergencial
Bruno Villas Bôas*
RIO, BRUXELAS, WASHINGTON
Depois de três dias de pânico nos mercados, período no qual as principais bolsas mundiais perderam quase US$ 3 trilhões em valor de mercado, Estados Unidos e Europa afinaram ontem os discursos em busca de uma atuação conjunta para combater a crise grega e evitar o risco de contágio global. Em conversa telefônica, o presidente americano, Barack Obama, prometeu à chanceler alemã, Angela Merkel, apoiar os esforços europeus e cobrou “uma forte resposta financeira da comunidade internacional” para estancar a turbulência. Anteontem, a Bolsa de Nova York chegou a cair mais de 9%, influenciada entre outros fatores por incertezas sobre o impacto da situação da Grécia sobre a economia mundial.
A turbulência nos mercados, que ontem voltaram a fechar no vermelho, também levou os ministros de Finanças do G-7 (que reúne os sete países mais industrializados do mundo) a convocarem uma teleconferência de emergência para debater a crise. Paralelamente, líderes da zona do euro se reuniram em Bruxelas para acertar detalhes finais sobre o socorro bilionário à Grécia. Ontem mesmo houve uma corrida dos países da União Europeia (UE) para aprovar sua parcela no resgate. Seis nações, entre elas Alemanha e França, deram o aval a um total de C 70,2 bilhões do pacote de C 110 bilhões acertado entre a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) domingo passado.
— Concordamos sobre a importância de uma resposta política forte dos países afetados, bem como uma resposta financeira forte da comunidade internacional — disse Obama a respeito de sua conversa com Merkel. — Deixei claro que os EUA apoiam esses esforços e vão continuar a cooperar com as autoridades europeias e com o FMI.
Bolsas europeias caem até 4,6%
Entre segunda-feira e anteontem, as principais bolsas mundiais perderam perto de US$ 3 trilhões em valor de mercado, segundo a Bloomberg: a capitalização desses mercados recuou de US$ 47,125 trilhões para US$ 44,198 trilhões.
E ontem o dia foi de novas perdas nos mercados globais. Mesmo com os bons números sobre emprego nos EUA — foram criadas 290 mil vagas em abril —, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 1,33%.
No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 0,86%, aos 62.870 pontos. O dólar comercial ficou estável, a R$ 1,851. Na Europa, as principais praças fecharam em queda, com Paris liderando as perdas (-4,6%). Madri recuou 3,28% e Atenas, 2,86%. O euro caiu 0,77%, para US$ 1,2730.
Os sucessivos dias de queda nas bolsas acenderam o alerta entre os países do G-7. De acordo com o “Wall Street Journal”, as economias avançadas perceberam que a aprovação do socorro à Grécia não foi considerada suficiente para afastar o risco de contágio a países de maior porte, como Espanha e Portugal. Daí a teleconferência dos ministros do grupo: — Os mercados julgaram que aqueles acertos (o pacote acertado entre UE e FMI) são inadequados — disse ao jornal britânico “Guardian” o primeiroministro da Austrália, Kevin Rudd.
Zona do euro pede mais regulação
A teleconferência dos ministros do G-7 não produziu qualquer documento final. Apenas reiterou-se o compromisso de que o grupo “continuará a vigiar a situação de perto”, disse o ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling.
Em Bruxelas, os líderes da zona do euro afirmaram que a consolidação das finanças públicas é uma prioridade, de acordo com esboço da declaração final obtida pela agência de notícias Reuters.
A cúpula, que havia sido convocada há cinco dias para acertar detalhes do pacote de resgate à Grécia, também discutiu a necessidade de maior regulação financeira.
— Temos que acelerar a regulação dos mercados financeiros. O tempo está passando, isso tem que acontecer rápido — disse Merkel.
As conversas do grupo seguem no fim de semana.
Após as bolsas mundiais acumularem perdas de US$ 3 trilhões em três dias de pânico nos mercados, Estados Unidos e Europa se uniram para combater a crise grega e evitar o contágio global. O presidente Obama prometeu à chanceler alemã, Ângela Merkel, apoiar os esforços europeus e cobrou “forte resposta financeira da comunidade internacional”. Ministros de Finanças do G-7 também convocaram reunião de emergência para deter a crise, e seis nações, entre elas Alemanha e França, deram aval ao pacote de €110 bilhões para a Grécia. Apesar da articulação política, as bolsas caíram 1,33% em Nova York e 4,6% em Paris. A Bovespa fechou em baixa de 0,86% e o dólar ficou estável, a R$ 1,851.
Ricos se unem para conter crise
Após perda de US$ 3 tri nas bolsas, Obama promete apoio a Europa e G-7 tem reunião emergencial
Bruno Villas Bôas*
RIO, BRUXELAS, WASHINGTON
Depois de três dias de pânico nos mercados, período no qual as principais bolsas mundiais perderam quase US$ 3 trilhões em valor de mercado, Estados Unidos e Europa afinaram ontem os discursos em busca de uma atuação conjunta para combater a crise grega e evitar o risco de contágio global. Em conversa telefônica, o presidente americano, Barack Obama, prometeu à chanceler alemã, Angela Merkel, apoiar os esforços europeus e cobrou “uma forte resposta financeira da comunidade internacional” para estancar a turbulência. Anteontem, a Bolsa de Nova York chegou a cair mais de 9%, influenciada entre outros fatores por incertezas sobre o impacto da situação da Grécia sobre a economia mundial.
A turbulência nos mercados, que ontem voltaram a fechar no vermelho, também levou os ministros de Finanças do G-7 (que reúne os sete países mais industrializados do mundo) a convocarem uma teleconferência de emergência para debater a crise. Paralelamente, líderes da zona do euro se reuniram em Bruxelas para acertar detalhes finais sobre o socorro bilionário à Grécia. Ontem mesmo houve uma corrida dos países da União Europeia (UE) para aprovar sua parcela no resgate. Seis nações, entre elas Alemanha e França, deram o aval a um total de C 70,2 bilhões do pacote de C 110 bilhões acertado entre a UE e o Fundo Monetário Internacional (FMI) domingo passado.
— Concordamos sobre a importância de uma resposta política forte dos países afetados, bem como uma resposta financeira forte da comunidade internacional — disse Obama a respeito de sua conversa com Merkel. — Deixei claro que os EUA apoiam esses esforços e vão continuar a cooperar com as autoridades europeias e com o FMI.
Bolsas europeias caem até 4,6%
Entre segunda-feira e anteontem, as principais bolsas mundiais perderam perto de US$ 3 trilhões em valor de mercado, segundo a Bloomberg: a capitalização desses mercados recuou de US$ 47,125 trilhões para US$ 44,198 trilhões.
E ontem o dia foi de novas perdas nos mercados globais. Mesmo com os bons números sobre emprego nos EUA — foram criadas 290 mil vagas em abril —, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, recuou 1,33%.
No Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 0,86%, aos 62.870 pontos. O dólar comercial ficou estável, a R$ 1,851. Na Europa, as principais praças fecharam em queda, com Paris liderando as perdas (-4,6%). Madri recuou 3,28% e Atenas, 2,86%. O euro caiu 0,77%, para US$ 1,2730.
Os sucessivos dias de queda nas bolsas acenderam o alerta entre os países do G-7. De acordo com o “Wall Street Journal”, as economias avançadas perceberam que a aprovação do socorro à Grécia não foi considerada suficiente para afastar o risco de contágio a países de maior porte, como Espanha e Portugal. Daí a teleconferência dos ministros do grupo: — Os mercados julgaram que aqueles acertos (o pacote acertado entre UE e FMI) são inadequados — disse ao jornal britânico “Guardian” o primeiroministro da Austrália, Kevin Rudd.
Zona do euro pede mais regulação
A teleconferência dos ministros do G-7 não produziu qualquer documento final. Apenas reiterou-se o compromisso de que o grupo “continuará a vigiar a situação de perto”, disse o ministro de Finanças do Reino Unido, Alistair Darling.
Em Bruxelas, os líderes da zona do euro afirmaram que a consolidação das finanças públicas é uma prioridade, de acordo com esboço da declaração final obtida pela agência de notícias Reuters.
A cúpula, que havia sido convocada há cinco dias para acertar detalhes do pacote de resgate à Grécia, também discutiu a necessidade de maior regulação financeira.
— Temos que acelerar a regulação dos mercados financeiros. O tempo está passando, isso tem que acontecer rápido — disse Merkel.
As conversas do grupo seguem no fim de semana.
(*) Com agências internacionais
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