Secretário de Turismo, que é presidente estadual da legenda, deixará cargo caso partido feche com o PT
Governo do Estado tenta assegurar apoio do PSB a José Serra, mas líderes nacionais da sigla devem forçar adesão a Haddad
Daniela Lima
SÃO PAULO - O presidente estadual do PSB, Márcio França, hoje secretário estadual de Turismo em São Paulo, pode ser a primeira baixa provocada pela queda de braço entre petistas e tucanos para reforçar suas candidaturas na capital.
França já avisou a pessoas próximas ao governador Geraldo Alckmin que entregará o cargo caso não consiga manter o seu partido longe do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, o ministro Fernando Haddad.
O secretário está no centro da disputa promovida pelo PT e o PSDB por um acordo com seu partido nas eleições.
Aliado da presidente Dilma Rousseff no governo federal, o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos (PE), já manifestou preferência pela candidatura de Haddad.
Ele virá a São Paulo no fim de semana para consultar o diretório estadual sobre a disputa na capital.
França e Campos haviam garantido a Alckmin que apoiariam o candidato do PSDB na eleição da capital em troca do suporte dos tucanos ao pré-candidato socialista da cidade de Campinas, Jonas Donizette. O acordo foi feito, mas não deve ser cumprido por conta da entrada do ex-governador José Serra na eleição paulistana.
Campos avalia que a entrada de Serra nacionaliza a eleição e fragiliza sua aliança com a presidente Dilma. O PSB está com o PT desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula.
Para conter o impasse e evitar o rompimento com o PSDB, França apresentará uma nova opção a Campos.
A ideia é manter o PSB longe da polarização de petistas e tucanos, fazendo com que o partido apoie um candidato independente. Nesse caso, o escolhido seria Paulinho da Força, presidente do PDT, que deverá concorrer pela sigla.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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