Manifestação em SP, no entanto, reúne pouco mais de 10% do previsto
Lino Rodrigues
SÃO PAULO. Pouco mais de 10 mil pessoas participaram ontem do Grito de Alerta, movimento promovido pelas centrais sindicais e entidades patronais para protestar contra o que chamam de desindustrialização do país, contra os juros altos e valorização do real frente ao dólar. Também houve críticas ao pacote do governo para tentar destravar a atividade econômica, considerado insuficiente. A expectativa dos organizadores, que contrataram ônibus para o transporte dos manifestantes, era reunir entre 80 mil e 100 mil pessoas no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo.
O presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que o ato teve como objetivo "assustar" a presidente Dilma Rousseff, que estaria sendo "enganada" pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fenando Pimentel (Desenvolvimento).
- O governo desonerou 11 setores produtivos, mas a indústria nacional é composta por 127 setores. O plano não ataca o cerne do problema que são o juro e o câmbio. O Brasil precisa baixar juros e equilibrar o câmbio - criticou Paulinho.
- Vivemos uma guerra comercial e o governo precisa tomar medidas emergenciais para proteger a indústria e não perder mercado - disse Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que o protesto era para "sensibilizar o governo".
- Estamos fazendo pressão para mostrar aos governos federal e estaduais e à sociedade que é preciso tomar medidas para preservar os empregos. O governo mostrou que está trabalhando pela indústria nacional e por empregos. Quem diz que o pacote é mais do mesmo, não sabe fazer conta - disse Arthur Henriques, presidente da CUT.
FONTE: O GLOBO
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