Partido definirá um calendário de visitas para emprestar um pouco da popularidade do governo a Fernando Haddad
O ministro Gilberto Carvalho diz que todo o PT terá de "usar muito a sola do sapato" para ajudar na campanha
Natuza Nery, Catia Seabra e Márcio Falcão
BRASÍLIA - Ministros do PT traçaram nesta semana uma estratégia de participação na disputa eleitoral de outubro, especialmente em São Paulo.
O partido fixará um calendário para assegurar a presença dos ministros em palanques e apresentará sugestões de atividades para a presidente Dilma Rousseff.
A operação começará por São Paulo. Para emprestar um pouco da popularidade do governo federal ao pré-candidato Fernando Haddad, os ministros intensificarão agenda já neste mês.
Eles participarão de encontros temáticos promovidos aos sábados pela coordenação de campanha de Haddad.
Para abril, está prevista a ida do ministro Alexandre Padilha (Saúde) e uma reunião com representantes do governo na área da cultura.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem que todo o PT terá que "usar muito a sola do sapato" para ajudar na campanha.
A frase faz referência a uma declaração da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, preterida na corrida em São Paulo. Ela afirmou, na semana passada, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que Haddad deveria "gastar a sola do sapato".
O primeiro grande ato deverá acontecer na cidade de São Bernardo do Campo (SP), onde a inauguração de um Centro de Educação Unificada em homenagem à dona Reginita, mãe da ex-primeira-dama Marisa Letícia, deverá reunir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e Marta.
A ofensiva atende à recomendação de Lula para que as estrelas do partido "suem a camisa" para produzir uma pauta positiva para Haddad.
Segundo petistas, a presidente Dilma também promete atuar, ainda que de forma discreta, na campanha petista. Mas recomenda cautela com o pré-candidato do PMDB, Gabriel Chalita.
Reunidos na noite de segunda-feira, os ministros foram orientados sobre as regras para atuação: só ir para a rua fora do horário de trabalho, não usar estrutura do governo e não melindrar aliados nos palanques delicados.
A ordem é não criar problema para Dilma no pós-eleição, evitando tumultuar a base no Congresso Nacional com uma lista de magoados.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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