Governador do PSB encontra senadores da base do governo e independentes; presidente entrega casas
Maria Lima
BRASÍLIA - Com a ausência da presidente Dilma Rousseff de Brasília para entregar casas do Minha Casa Minha Vida, em Minas Gerais, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, desembarca hoje na capital para almoçar com o bloco PTB-PR-PSC, composto por 14 senadores, e jantar com nove senadores do chamado grupo independente do PMDB, PDT, PP e DEM, na casa do senador Jarbas Vasconcelos.
Em Minas, Dilma participou ontem de evento do PT ao lado do ex-presidente Lula. Hoje ela entregará casas populares em Ribeirão das Neves.
O almoço para Campos, organizado pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE), deve ser na casa do líder do PTB e do Bloco União e Força, senador Gim Argelo (DF). E acontece no momento de descontentamento dos petebistas com Dilma. Ela prometeu receber o presidente interino Benito Gama para discutir a volta do PTB à Esplanada, mas até hoje ele não foi chamado e não há, por enquanto, disposição da presidente em destinar ministério ou estatal para o partido, que pode marchar com Campos.
Monteiro disse que o convite a Campos partiu de companheiros do bloco União e Força.
- Há uma demanda, uma curiosidade e uma busca por algo novo nesse processo sucessório. Eduardo é hábil e moderno, e está indo muito bem - disse Monteiro, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para o jantar na casa de Jarbas, foram convidados Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Luis Henrique (PMDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Cristovan Buarque (PDT-DF), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia (PP-RS), Waldemir Moka (PMDB-MS) e Jayme Campos (DEM-MT). Blairo Magi (PR-MT) também estava na lista, mas viajou para a China.
Moka disse que o Planalto passou a prometer uma solução para o impasse que está levando o grupo do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccineli (PMDB), aos braços de Eduardo Campos, desde que começaram a correr informações sobre os encontros com o presidente do PSB. Moka deve ser candidato ao governo contra o senador Delcidio Amaral, pré-candidato do PT.
- O Mato Grosso do Sul é outro Rio de Janeiro. Interlocutores do Planalto estão dizendo que vão encontrar uma solução para palanque único, mas isso é muito pouco provável. Então, nossa alternativa pode ser Eduardo Campos - disse Moka.
Os senadores Luis Henrique e Casildo Maldaner teriam sido pressionados pelo Planalto a não comparecer ao jantar. Luis Henrique chegou a cancelar a ida, mas confirmou presença.
- Como é possível um senador ser censurado pelo Planalto? Isso é política de coronel - reagiu Jarbas Vasconcelos.
Fonte: O Globo
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