Presidente da legenda sugere Miro para disputar o Palácio Guanabara
Marcelo Remigio
O diretório estadual do PPS no Rio defendeu o apoio à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), durante o 189 Congresso do partido, promovido no fim de semana. Embora tenha sido recebido com festa no encontro, o tucano não teve a garantia de aliança nacional nas eleições do próximo ano. Ao encerrar a reunião, o presidente da legenda, deputado federal Roberto Freire, afirmou que o PPS ainda não tem um nome e que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato a presidente pelo PSB, também é um candidato forte e não deve ser ignorado.
De acordo com Freire, embora Campos não tenha participado de nenhum congresso como Aécio — que integrou a reunião na manhã de sábado no Rio —, vários diretórios estaduais já demonstraram interesse pela candidatura, entre eles o de São Paulo, que é o maior. O deputado afirmou que sua preferência é por Campos:
— Eu acho que a presença do PPS numa aliança ajuda a consolidar uma campanha de Eduardo Campos. Temos também uma história com Aécio, ainda do período do PCB. Não vou fazer preferências aqui (no congresso), até porque não vou constranger.
PPS quer unir oposição no Rio
Além de não bater martelo para Aécio, Freire determinou que o diretório fluminense encontre uma saída para a disputa pelo Palácio Guanabara e convoque a oposição no estado para definir um nome que tenha chance de suceder ao governador Sérgio Cabral (PMDB). Para Freire, é inconcebível que no Rio os principais pré-candidatos ao governo — Lindbergh Farias (PT); Luiz Fernando Pezão (PMDB); Marcelo Crivella (PRB) e Anthony Garotinho (PR) — tenham ligações com o govemo Dilma.
Freire descartou o apoio à pré-candidatura do vereador e ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) e citou o deputado federal Miro Teixeira (PROS), que deixou o PDT, partido da base aliada de Dilma, como opção. No entanto, "Miro deveria se firmar como oposição" ao govemo federal:
— Não sei se o candidato do DEM agradaria as candidaturas nacionais de Aécio e Campos. O Miro poderia ser uma alternativa, se ele entender o papel dele de oposição — afirmou.
— Eu acho o PPS uma ótima coligação e apoio o Roberto Freire ao tornar pública essa negociação de aliança — disse Miro, que ressaltou ter conversado „ também com o PSB e estar alinhado com ex-senadora Marina Silva, que apoia Campos.
Fonte: O Globo
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