Alessandra Taraborelli – Brasil Econômico
O fraco crescimento da atividade econômica e a inflação no teto da meta tiram o apetite dos empresários e afastam qualquer possibilidade de investimento de longo prazo, segundo o economista Eduardo Gianetti da Fonseca, para que 2014 é "o ano da paralisia", quando "ninguém vai por a mão no bolso para investir a longo prazo". Durante o 16º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, Gianetti disse ser "impossível" o governo arrecadar 40% do PIB em impostos e investir apenas 2%. Para ele, em 2015, o novo governo precisará trazer de volta a credibilidade e a previsibilidade para o investidor.
O economista, ligado a Marina Silva, candidata a vice na chapa de Eduardo Campos à Presidência da República, listou três cenários para quem tomar posse em 2015. Dois, caso a presidente Dilma Rousseff seja a reeleita e um para o candidato da oposição que vencer. Para Dilma, o primeiro é a curva de aprendizagem e o segundo é de que tudo o que foi feito era para evitar uma maior turbulência eleitoral. "No primeiro cenário, o governo reconhece a gravidade dos erros e vai corrigindo, aos poucos, sem choques abruptos. Na segunda opção, as aparentes medidas de mudanças eram apenas para impedir uma maior turbulência durante o período eleitoral. Apertem os cintos", disse.
Considerando a vitória da oposição, o economista afirmou que o único cenário é de uma "forte convergência" em torno da recuperação e dos princípios que vinham norteando a política econômica macro e micro no último mandado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Em 2015, por exemplo, teria que ter movimento corretivo razoável das tarifas represadas. Isso implicaria 1,5% a mais na inflação, o que irá requerer aperto monetário", completou.
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