sábado, 14 de novembro de 2015

PPS repudia cartilha do PT que compara a situação do partido com a do PCB em 1947

Por: Assessoria do PPS

Em nota divulgada nesta sexta-feira, o PPS repudia veemente a cartilha lançada pelo PT atacando os procuradores da Operação Lava Jato e a imprensa, e comparando a situação vivida em 1947 pelo antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), quando a legenda foi cassada, a enfrentada atualmente pelo partido, alvo de investigações e de condenações de seus principais dirigentes por desvios de recursos públicos.

Para o partido, o PT se coloca como vítima aos olhos da opinião pública diante dos escândalos e malfeitos de seu governo. O documento rechaça ainda qualquer tipo de tentativa de cassação de registro de partidos políticos.

Veja, abaixo, a íntegra do texto:
Nota de repúdio à comparação da situação atual do PT com a do antigo PCB

O Partido Popular Socialista (PPS), sucedâneo do PCB (Partido Comunista Brasileiro), repudia veemente o conteúdo divulgado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em cartilha que compara a situação atual do partido ao do antigo Partidão, em 1947, quando da cassação da legenda.

A cartilha em que os petistas atacam procuradores e a imprensa é uma tentativa bisonha de se colocar como vítima aos olhos da opinião pública diante da verdade de que o partido e seus dirigentes já foram condenados no processo do mensalão, desde o primeiro governo Lula, e continuam sendo investigados pela Operação Lava Jato por vultosos desvios de recursos da Petrobras.

Na criação de sua mais nova ficção, visando se colocar como partido integro para a sociedade, o PT agride a Justiça, a Polícia Federal, a imprensa e o bom senso, desvirtuando os fatos que teimam em revelar as renovadas falcatruas perpetradas pelos seus dirigentes.

O PT desconsidera os fatos históricos, aliás como sempre fez, ao distorcer a situação enfrentada pelo PCB em 1947, cassado arbitrariamente no contexto político e ideológico da Guerra Fria. Neste período, toda a América Latina, no imediato pós-guerra, sofreu com a radicalização que a Guerra Fria exacerbava.

No Brasil, em 1945, o fim do governo Vargas foi precedido de uma Assembleia Nacional Constituinte em que todos os partidos tiveram a oportunidade de colocar suas propostas e ideias ao escrutínio da sociedade. O PCB elegeu uma bancada de 14 deputados e um senador, Luiz Carlos Prestes, o mais do País.

Com grande apoio popular, sobretudo da classe trabalhadora, e forte penetração na intelectualidade, e mesmo gozando do prestígio de ter contribuído para o fim da ditadura Vargas, o PCB teve seu registrado cassado, assim como os mandatos dos parlamentares constituintes do partido democraticamente eleitos.

O PCB, portanto, não foi cassado por desvios de recursos públicos ou formação de quadrilha, a exemplo do que já ocorreu com dirigentes e ex-ministros do governo do PT.

Mesmo considerando todos seus malfeitos e distorções para democracia brasileira, o PPS é contra qualquer tentativa de cassação de registro deste partido ou de outras instituições por erros cometidos por seus dirigentes. Acreditamos que quem deve fazê-lo é a cidadania por meio do voto. Mas defendemos enfaticamente, no entanto, que todos seus líderes sejam punidos e respondam por seus crimes dentro do devido processo legal.

Roberto Freire
Presidente Nacional do PPS

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