Por Thiago Resende, Raphael Di Cunto e Fábio Murakawa - Valor Econômico
BRASÍLIA - Após ter o mandato cassado, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) culpou o governo do presidente Michel Temer pela derrota na Câmara, às 23h50 de segunda-feira.
“Culpo o governo hoje não porque tenha feito nada para me cassar, mas quando apoiou o presidente [Rodrigo Maia (DEM-RJ)]que se elegeu em acordo com o PT, de certa forma aderiu à agenda da cassação. “Quem elegeu o presidente da Casa foi o governo. Quem derrotou Rogério Rosso [líder do PSD e candidato de Cunha na disputa] foi o governo”, disse o pemedebista.
Porém, ele negou ter sido abandonado ou traído pelo Palácio do Planalto.
Ele anunciou que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão da Câmara que, por 450 votos a 10 (e nove abstenções), aprovou a perda de mandato do pemedebista.
“Certamente vou buscar recursos judiciais. O regimento foi descumprido várias vezes, violentamente, e hoje também várias vezes”, acrescentou.
Cunha voltou a dizer ser vítima de vingança por ter aberto o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e reconheceu ter cometidos vários erros. “Mas não foram os meus erros que me levaram a cassação. Foi a política. Fui vítima de uma vingança politica perpetrada em meio ao processo eleitoral”, declarou.
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