AFP E Efe, Havana
Em discurso na cúpula da Alba, em Cuba, líder venezuelano qualifica alerta dos EUA a países que se aproximam do Irã de "ofensiva imperial"
Em discurso ontem na 8º Cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), em Havana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou de "ameaças" e "ofensiva imperial" os alertas de Washington a países latino-americanos que se aproximam do Irã. Na quinta-feira, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, havia afirmado que o "flerte" com Teerã era uma "má ideia" e teria "consequências".
"As declarações da senhora Clinton são uma ameaça sobretudo contra a Venezuela e a Bolívia.
Trata-se de sinais evidentes de uma ofensiva imperial que busca frear o avanço de forças progressistas", atacou Chávez.
Anfitrião do encontro, o presidente cubano, Raúl Castro, abriu a reunião denunciando a "ofensiva hegemônica" dos EUA na América Latina por meio da instalação de bases militares na região. Os dois chefes de Estado também criticaram os países que apoiaram as eleições do dia 29 em Honduras, realizadas pelo governo de facto.
Além dos líderes de Cuba e Venezuela, participam da cúpula os presidentes boliviano, Evo Morales e nicaraguense, Daniel Ortega. Representantes do Equador e do governo deposto de Honduras também estão presentes no encontro, que termina hoje.
Raúl citou a Colômbia como exemplo de país "subordinado aos interesses do império". "Um confronto de forças históricas se intensifica na América Latina. De um lado, há um modelo político e econômico herdeiro do colonialismo e neocolonialismo. Do lado oposto, há o avanço de forças políticas revolucionárias e progressistas."
Líderes bolivarianos discutirão hoje temas como a cúpula de Copenhague sobre o aquecimento global, o golpe contra o presidente Manuel Zelaya e acordos entre Washington e Bogotá.
"Devemos fortalecer a Alba de todos os pontos de vista", disse Raúl.
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