DEU EM O GLOBO
Governador reeleito também desaprova sugestão para "extirpar o DEM"
Adauri Antunes Barbosa
SÃO PAULO. O governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), condenou ontem, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chamar a agressão ao candidato tucano, José Serra, de tentativa de posar como vítima no episódio em que foi agredido em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na quartafeira da semana passada.
Wagner disse que a baixaria na política é indesejável para a democracia, e que Lula não precisava ter chamado a reação do tucano de farsa.
— (Lula) Não precisava ter dito daquela forma. Acho condenável, independente do tamanho da bola, qualquer tipo de agressão. Acho abominável.
Devemos investir na palavra para ganhar no argumento.
Detesto ofensa pessoal.
Qualquer agressão verbal ou material é extremamente malvinda para a democracia — disse o governador baiano.
No programa, que foi ao ar ontem à noite, Wagner criticou a ação e a reação no caso, mas insistiu na tese de que foi uma bola de papel ao batizá-lo de “episódio da bolinha”.
— O episódio da bolinha eu acho deplorável, como eventualmente o uso como vítima do episódio é igualmente deplorável — afirmou.
Sobre DEM: “Acho que (Lula) não precisava ter falado” Mesmo assim, o governador petista admitiu que o confronto de militantes petistas e matamosquitos com Serra e militantes da campanha do tucano foi um “mal”.
— O mal está feito. Graças a Deus, agora parece que está diminuindo porque o mal já está feito — disse.
O governador também criticou Lula no “Roda Viva” por ter dito em comício, ao lado da candidata Dilma Rousseff, em Joinville, Santa Catarina, durante o primeiro turno, que era preciso “extirpar o DEM da política brasileira”.
— Se você me perguntar: ‘O senhor gostou de ele dizer que precisamos extirpar o DEM da política brasileira?’, vou dizer: ‘Não gostei’. Acho que não deveria ter falado, não precisava ter falado. Essa é minha opinião.
Para Wagner, após a eleição, os líderes políticos vão precisar refletir sobre a baixaria ocorrida no segundo turno, pois esse tipo de atitude “joga o país para baixo”.
— O que está acontecendo em nível nacional, as cabeças pensantes, inclusive a minha, vão ter que se debruçar depois e dizer: Olha, isso não é bom para o país.
Isso não joga o país para cima, joga para baixo. Xingamento não vai levar ninguém a lugar nenhum, baixaria não vai levar ninguém a lugar nenhum.
Governador reeleito também desaprova sugestão para "extirpar o DEM"
Adauri Antunes Barbosa
SÃO PAULO. O governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), condenou ontem, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chamar a agressão ao candidato tucano, José Serra, de tentativa de posar como vítima no episódio em que foi agredido em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na quartafeira da semana passada.
Wagner disse que a baixaria na política é indesejável para a democracia, e que Lula não precisava ter chamado a reação do tucano de farsa.
— (Lula) Não precisava ter dito daquela forma. Acho condenável, independente do tamanho da bola, qualquer tipo de agressão. Acho abominável.
Devemos investir na palavra para ganhar no argumento.
Detesto ofensa pessoal.
Qualquer agressão verbal ou material é extremamente malvinda para a democracia — disse o governador baiano.
No programa, que foi ao ar ontem à noite, Wagner criticou a ação e a reação no caso, mas insistiu na tese de que foi uma bola de papel ao batizá-lo de “episódio da bolinha”.
— O episódio da bolinha eu acho deplorável, como eventualmente o uso como vítima do episódio é igualmente deplorável — afirmou.
Sobre DEM: “Acho que (Lula) não precisava ter falado” Mesmo assim, o governador petista admitiu que o confronto de militantes petistas e matamosquitos com Serra e militantes da campanha do tucano foi um “mal”.
— O mal está feito. Graças a Deus, agora parece que está diminuindo porque o mal já está feito — disse.
O governador também criticou Lula no “Roda Viva” por ter dito em comício, ao lado da candidata Dilma Rousseff, em Joinville, Santa Catarina, durante o primeiro turno, que era preciso “extirpar o DEM da política brasileira”.
— Se você me perguntar: ‘O senhor gostou de ele dizer que precisamos extirpar o DEM da política brasileira?’, vou dizer: ‘Não gostei’. Acho que não deveria ter falado, não precisava ter falado. Essa é minha opinião.
Para Wagner, após a eleição, os líderes políticos vão precisar refletir sobre a baixaria ocorrida no segundo turno, pois esse tipo de atitude “joga o país para baixo”.
— O que está acontecendo em nível nacional, as cabeças pensantes, inclusive a minha, vão ter que se debruçar depois e dizer: Olha, isso não é bom para o país.
Isso não joga o país para cima, joga para baixo. Xingamento não vai levar ninguém a lugar nenhum, baixaria não vai levar ninguém a lugar nenhum.
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