Por Andrew Cawthorne
CARACAS (Reuters) - A oposição na Venezuela acusou nesta terça-feira o presidente Hugo Chávez de agir como um ditador, ao procurar aprovar uma medida para poder passar por cima do Parlamento e governar por decreto por 12 meses. O país é o maior produtor de petróleo da América do Sul.
Em seus 11 anos de governo, o líder socialista usou esses poderes especiais em três ocasiões. Chávez diz que precisa deles para responder a uma emergência nacional provocada por inundações que mataram cerca de 40 pessoas e deixaram mais de 130 mil desabrigados.
"Ele está ganhando tempo com a tragédia para colocar limites sobre a nova Assembleia Nacional", disse à Reuters a política da oposição Pastora Medina. "Ele está se consolidando como ditador, indo além (dos poderes institucionais) para governar."
Uma nova coalizão de oposição obteve cerca de metade dos votos populares na eleição parlamentar de setembro e ficará com 40 por cento dos assentos da nova Assembleia Nacional que assume no dia 5 de janeiro, quando esperava pôr em xeque o poder de Chávez.
Mas, numa medida para levar vantagem sobre eles - e de olho na próxima eleição presidencial em 2012 --, Chávez pediu nesta terça-feira que a atual Assembleia, dominada pelo seu Partido Socialista, lhe garanta os poderes especiais durante 12 meses.
O principal jornal da oposição, Tal Cual, denunciou a medida - juntamente com um pacote de leis aprovadas às pressas para garantir o "socialismo do século 21" --, classificando-a de "emboscada totalitária...uma emboscada de Natal" para os venezuelanos.
"É um ataque brutal, sem anestesia, contra a vida democrática," disse o editor do Tal Cual, Teodoro Petkoff, uma das vozes mais críticas a Chávez, num artigo de primeira página.
"Essa notícia não é completamente surpreendente e o mercado reflete isso. As ações permaneceram quase inalteradas durante o dia", disse à Reuters Bret Rosen, do Standard Chartered.
"Do ponto de vista fiscal, isso implica que determinados gastos poderiam ser ordenados pelo executivo sem ter de passar pelo processo legislativo. Eu ficaria mais preocupado com o que isso significa do ponto de vista institucional ou do equilíbrio de poderes."
CARACAS (Reuters) - A oposição na Venezuela acusou nesta terça-feira o presidente Hugo Chávez de agir como um ditador, ao procurar aprovar uma medida para poder passar por cima do Parlamento e governar por decreto por 12 meses. O país é o maior produtor de petróleo da América do Sul.
Em seus 11 anos de governo, o líder socialista usou esses poderes especiais em três ocasiões. Chávez diz que precisa deles para responder a uma emergência nacional provocada por inundações que mataram cerca de 40 pessoas e deixaram mais de 130 mil desabrigados.
"Ele está ganhando tempo com a tragédia para colocar limites sobre a nova Assembleia Nacional", disse à Reuters a política da oposição Pastora Medina. "Ele está se consolidando como ditador, indo além (dos poderes institucionais) para governar."
Uma nova coalizão de oposição obteve cerca de metade dos votos populares na eleição parlamentar de setembro e ficará com 40 por cento dos assentos da nova Assembleia Nacional que assume no dia 5 de janeiro, quando esperava pôr em xeque o poder de Chávez.
Mas, numa medida para levar vantagem sobre eles - e de olho na próxima eleição presidencial em 2012 --, Chávez pediu nesta terça-feira que a atual Assembleia, dominada pelo seu Partido Socialista, lhe garanta os poderes especiais durante 12 meses.
O principal jornal da oposição, Tal Cual, denunciou a medida - juntamente com um pacote de leis aprovadas às pressas para garantir o "socialismo do século 21" --, classificando-a de "emboscada totalitária...uma emboscada de Natal" para os venezuelanos.
"É um ataque brutal, sem anestesia, contra a vida democrática," disse o editor do Tal Cual, Teodoro Petkoff, uma das vozes mais críticas a Chávez, num artigo de primeira página.
"Essa notícia não é completamente surpreendente e o mercado reflete isso. As ações permaneceram quase inalteradas durante o dia", disse à Reuters Bret Rosen, do Standard Chartered.
"Do ponto de vista fiscal, isso implica que determinados gastos poderiam ser ordenados pelo executivo sem ter de passar pelo processo legislativo. Eu ficaria mais preocupado com o que isso significa do ponto de vista institucional ou do equilíbrio de poderes."
Nenhum comentário:
Postar um comentário