• Oposição diz que denúncia sobre as chamadas "pedaladas fiscais" foram feitas por pelo Tribunal de Contas da União (TCU)
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Lideranças dos partidos oposição reagiram nesta sexta-feira, 17, àsacusações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que o atraso em repasses do Tesouro a bancos públicos começou no ano de 2001, no governo FHC. No documento, os tucanos ressaltam que a denúncia sobre as chamadas “pedaladas fiscais” não foram feitas por integrantes da oposição, mas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No entendimento do tribunal, anunciado na quarta-feira, o governo Dilma cometeu irregularidades ao usar recursos de bancos públicos para inflar artificialmente seus resultados e melhorar as contas da União.
“À beira de um ataque de nervos, o ministro da Justiça convocou mais uma vez a imprensa para cumprir suas tarefas como militante do PT. As graves e reiteradas denúncias que vêm sendo feitas ao seu governo não partem da oposição, e sim do Tribunal de Contas da União e de órgãos públicos de fiscalização que cumprem o importante papel de lembrar ao Palácio do Planalto e ao PT que o Estado brasileiro pertence aos brasileiros e é regido por leis que a presidente Dilma e seus ministros precisam respeitar”, diz em nota o PSDB.
O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), ironizou as declarações de Cardozo e atribuiu a iniciativa a uma tentar do governo de desviar a discussão para a disputa político-eleitoral.
“É uma questão técnica apresentada por um órgão como o TCU, que conta com auditores de carreira. O próprio relator, José Múcio, foi ministro de Lula e indicado por ele para ocupar a vaga no tribunal. Ele apresentou um relatório aprovado por unanimidade”, afirmou o deputado. “Só pode ser brincadeira do Cardozo. Estão querendo mudar o foco de uma questão técnica para a disputa político eleitoral”, completou.
A decisão do tribunal fortalece a intenção de integrantes da oposição de apresentar o pedido de impeachment de Dilma - acusando-a de crime de responsabilidade. Desde o dia 12, após a realização das manifestações contra o governo, ocorrida em vários Estados do País, os tucanos pediram ao ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior que avaliasse se há algum caminho para que o pedido possa ser apresentado.
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