Folha de S. Paulo
Sob uma saraivada ininterrupta de mentiras,
mais uma vez o sistema eletrônico deu show de eficácia
Quem tem 50 anos ou mais deve lembrar da
espera cansativa e angustiante para saber o resultado das eleições no Brasil
até a implantação do sistema eletrônico de votação. Pode-se dizer que antes de
1996 a fraude era uma marca registrada do nosso processo eleitoral, no qual faltava lisura em
diversas etapas.
Quando o voto era em cédulas de papel, não raro ocorriam falcatruas na preparação das urnas, no transporte dos dispositivos, durante a votação e, por fim, no escrutínio manual dos resultados, segundo dados do TSE.
A variedade de embustes abrangia
"urnas prenhes ou grávidas", que chegavam às seções eleitorais já
recheadas; uso de "votos de estoque", com o preenchimento de cédulas
da reserva de segurança; e a participação do chamado "eleitor
fósforo", que "riscava" várias urnas, ou seja, votava em mais de
uma seção.
A trapaça mais engenhosa era conhecida como
"voto formiguinha", no qual o eleitor guardava a cédula que recebia
do mesário e depositava na urna uma outra, preenchida por um terceiro. Quando
saía da seção, dava a cédula oficial em branco ao "aliciador", que a
preenchia conforme sua preferência e entregava para outro eleitor depositar na
urna. O processo era repetido sucessivamente, em prejuízo da desejada soberania
do voto popular.
Por essas e outras que o grande vencedor
das eleições gerais de 2022 foi o processo eletrônico de votação. Sob uma
saraivada ininterrupta de mentiras e ataques infundados, mais uma vez o sistema
deu show de eficiência e eficácia. Dezesseis missões de observação eleitoral
(oito internacionais e oito nacionais) atestaram sua higidez. O Ministério da Defesa procurou, mas não encontrou
nada de desabonador.
No dia 30 de outubro, o país e o mundo
souberam o nome do próximo presidente da República Federativa do Brasil menos de quatro horas após o final da votação! O resto
é fake news ou puro devaneio de uma turma de memória fraca ou talvez saudosa de
um tempo que felizmente ficou para trás.
5 comentários:
Essa pessoa que escrevinhou isso certamente está fazendo galhofa conosco.
Como um sistema não auditável e apenas usado em 3 países, sendo todos periféricos e subdesenvolvidos é motivo de orgulho?
O exemplo vem de Estados Unidos na eleição em que o Gore perdeu para o Bush - uma incógnita eterna, perdeu mesmo? E nessa eleição de 8 de novembro 2022, uma eternidade sem chegar ao resultado final. O Brasil teve muita sorte com as urnas graças a elas temos uma eleição respeitada e invejada no mundo.
Gado é gado. Então, tá. As urnas não são motivo de orgulho, gado burro. Kkkkkk
A eleição brasileira foi encerrada no mesmo domingo em que ocorreu... A eleição dos EUA até hoje ainda não foi finalizada! Contagens e recontagens sem fim por lá... Ainda bem que temos as eficientes e totalmente confiáveis urnas eletrônicas!
Ana Cristina Rosa sabe das coisas.
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