Folha de S. Paulo
Bicampeão de inelegibilidade, ex-presidente
acena para novas doações via Pix
Ultraprocessado e bicampeão de inelegibilidade. Autor do plano de convocar a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para fazer ataques e divulgar mentiras sobre o sistema eleitoral, que lhe valeu o primeiro campeonato, Bolsonaro deve se orgulhar de ter transformado as comemorações oficiais do Sete de Setembro num ato eleitoreiro envolvendo as Forças Armadas. É o único responsável pela nova condenação, que não tem efeito prático de ampliar o jejum. O ex-presidente segue fora das urnas até 2030, com bastante tempo livre para se dedicar às centenas de processos que correm contra ele na Justiça.
Seu ex-faz-tudo, o tenente-coronel Mauro Cid,
está disposto a lhe complicar a vida. Afirmou na delação premiada que Bolsonaro
teve a ideia de esconder no Alvorada dois investigados por ataques
antidemocráticos, para impedir a prisão deles pela PF. Nada mais bolsonarista:
o palácio modernizado como mocó.
Ter sido excluído pela segunda vez no TSE não
provocou chiadeira. O capitão parece conformado. Ainda lhe restam os salários e
mordomias que recebe do PL de Valdemar Costa Neto para fazer bico como cabo
eleitoral. Tirante o golpismo nato, sua maior preocupação continua a de sempre:
ganhar dinheiro fácil.
Assim que a condenação foi confirmada,
Bolsonaro tuitou o valor da multa imposta pelo corregedor Benedito Gonçalves:
R$ 425 mil. Como já estamos em novembro, época do livro de ouro e da caixinha,
obrigado, por que não reeditar a campanha de doações via Pix? Na última vez, R$
17,2 milhões entraram em sua conta pessoal.
Candidato a vice na chapa do ex-presidente, o
general Braga Netto também se tornou inelegível, estragando o esquema da
candidatura a prefeito do Rio. Segundo jornalistas que cobrem a caserna, a
decisão causou mal-estar no Exército. Recomenda-se uma licitação (sem
sobrepreço, por favor) para compra de remédios com função antiespasmódica.
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