DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Tucano afirma que programa de combate ao crack lançado pelo governo federal foi baseado em pesquisas e serviu para ajudar a candidata petista
Tucano afirma que programa de combate ao crack lançado pelo governo federal foi baseado em pesquisas e serviu para ajudar a candidata petista
Carolina Freitas
Estratégia. Para tucano, adversários fazem "terrorismo"
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a máquina pública em benefício da candidata do PT, Dilma Rousseff. Para o tucano, um exemplo disso foi o lançamento de um programa de combate ao crack feito no mês passado pelo governo federal.
Serra disse que, após sete anos e meio de governo, os petistas souberam por pesquisas de opinião da preocupação do eleitor com o crack e lançaram o programa. "É uma tabelinha quase perfeita de uso da máquina. A candidata fala e o governo lança o plano", afirmou, em sabatina promovida ontem pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL.
O tucano acusou os adversários de usarem de "terrorismo" para tentar minar sua campanha e sua imagem, principalmente em debates regionais e pela internet. Citou um texto divulgado em blogs por uma pessoa ligada a Lula e Dilma afirmando que ele acabaria com o ProUni caso eleito. "Eu nunca disse isso. Tem tanta coisa maluca espalhada. Esse é o método terrorista. Não violento, mas terrorista."
Questionado sobre privatizações, tema polêmico que despertou boatos e tirou votos de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência em 2006, Serra classificou o tema como um "falso assunto". "Não vejo muito espaço para mais privatizações, mas esse debate sempre é feito com terrorismo", disse.
"Esta será uma eleição difícil", avaliou. Exemplo dessa dificuldade, disse, foi a suposta preparação de um dossiê contra ele por colaboradores da campanha de Dilma. Para o candidato, existe uma tendência de "culpar a vítima" em casos como esse. "Até hoje não houve nenhum pedido de desculpas pelo episódio dos aloprados, o que significa que eles vão continuar fazendo."
Em Brasília, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reagiu às declarações de Serra, segundo as quais Dilma deveria se desculpar e afastar os assessores acusados de envolvimento no suposto dossiê. "Quem tem de pedir desculpas é quem está buscando relacionar essa história de dossiê, que não tem nada a ver com a pré-campanha da ministra Dilma", declarou. "Já está muito claro pela fala dos coordenadores da campanha, de outras pessoas envolvidas na campanha, que não teve nenhuma relação com a coordenação da campanha, com nenhum coordenador da campanha nem com campanha, nem da campanha da ministra Dilma ou com PT nacional."
O PSDB articula para chamar o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre a quebra ilegal de sigilo fiscal do vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. Ontem, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) avisou que apresentará amanhã, na comissão, um requerimento para que o pedido de convite seja aprovado.
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