quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciro diz que ministro errou por 'querer ganhar dinheiro'

Em entrevista, Ciro disse que Dilma não tinha "mérito" para disputar a eleição presidencial e que Lula era inocente no mensalão

SÃO PAULO - O ex-deputado federal Ciro Gomes disse ontem que o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) errou por "querer ganhar dinheiro" e que a presidente Dilma Rousseff não "tinha merecimento" para ter sido eleita.

Pimentel recebeu pelo menos R$ 2 milhões por serviços prestados em sua empresa de consultoria nos anos de 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e posse no governo federal.

"Eu acho que ele [Pimentel] tem a presunção da inocência, mas ele cometeu um erro: foi querer ganhar dinheiro", afirmou Ciro, em entrevista ao programa "Tema Quente", da RedeTV!. "Escritório de consultoria no Brasil não é consultoria, é tráfico de influência. Esse é o problema", completou.

Entre 1997 e 1998, Ciro foi contratado como consultor do Beach Park, parque aquático de Fortaleza. Ele foi prefeito da cidade em 1989 e, no ano seguinte, elegeu-se governador do Ceará.

"Se o Fernando Pimentel pudesse dizer: "não, minha consultoria se deu aqui. Está aqui a consulta que me foi feita e está aqui a resposta que eu dei". Mas não", completou.

Durante a entrevista, Ciro chamou o ministro de "sujeito de bem". A consultoria de Pimentel teve como principais clientes entidades e empresas que, depois, foram contratadas pela Prefeitura de Belo Horizonte. A oposição o acusa de tráfico de influência.

Na entrevista, Ciro disse que Dilma Rousseff não tinha "mérito político" para disputar a eleição presidencial, nem "estrada nem merecimento para ser presidente".

"O que ela tinha era os méritos extraordinários de uma grande administradora, uma pessoa muito decente, muito admirável", completou.

O ex-deputado disse ainda ser testemunha da inocência de Lula no do mensalão. "Se tem um brasileiro que sabe que o Lula era inocente, completamente naquela história, sou eu", afirmou.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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