No
rastro de denúncias contra o ex-senador Demóstenes Torres (GO) que o ligavam ao
contraventor Carlinhos Cachoeira - que culminaram na perda de mandato e na
expulsão do DEM a CPI do Cachoeira foi instalada no Congresso no dia 25 de
abril estimulada pelo ex-presidente Lula. A criação da comissão era defendida
por ele, com apoio de outros caciques petistas, como uma forma de disparar
munição contra a oposição e desviar os focos da opinião pública e da imprensa
do mensalão.
Para
Lula, a CPI ainda vinha ao encontro de sua estratégia de convencimento de que o
mensalão - que teria o julgamento no STF iniciado somente em agosto - não
aconteceu e foi tramado por adversários para distanciá-lo do poder.
No
entanto, petistas que antes apoiavam a estratégia de Lula passaram a
considerá-la um equivoco, e a CPI se transformou em uma ameaça. Se para o
ex-presidente a comissão era a chance de ligar o bicheiro Carlinhos Cachoeira
aos tucanos, entre eles o governador de Goiás Marconi Perillo, para outros
caciques do PT a CPI levaria a uma guerra declarada contra a oposição, e
poderia ser prejudicial ao andamento do julgamento do mensalão no STF.
Além
da ameaça, a comissão ainda expôs a ligação da empreiteira Delta com aliados do
PT. A construtora integrava o esquema de Cachoeira.
Fonte: O Globo
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