A mídia internacional
repercutiu com destaque a sentença de mais de dez anos de prisão dada pelo STF
ao ex-ministro José Dirceu. O "The New York Times" avalia que é a
mais dura condenação por corrupção contra um político no Brasil. O
"Financial Times" afirma que se abriu um precedente de punição dos
corruptos. O brasilianista Matthew Taylor acredita que o Supremo deu uma
"lição de que a lei se aplica a todos".
Sentença
dada a Dirceu tem destaque internacional
Para "Financial Times", caso é um divisor de águas na Justiça
brasileira
Jornais do mundo todo trataram ontem a condenação pelo STF do ex-chefe da Casa
Civil José Dirceu como uma decisão marcante e um símbolo no combate à
impunidade. O "The New York Times" fez reportagem em sua versão
impressa e afirmou que se trata da mais dura condenação por corrupção contra um
político do alto escalão do governo no Brasil. Mas se mostra cético quanto à
permanência de políticos na prisão no país.
"É muito raro no Brasil um político do alto escalão passar muito tempo
na prisão por corrupção ou outros crimes", conclui o jornal.
Já o britânico "Financial Times" destacou que a decisão do Supremo
abriu um precedente no Brasil, que tem "uma longa e pitoresca história de
políticos que cometem crimes e escapam da punição".
"O caso está sendo considerado como um divisor de águas em um país onde
os políticos e as elites são acusados de usar um sistema jurídico ineficiente
para agir com impunidade", escreveu.
A rede de televisão inglesa BBC, em seu site, também noticiou a condenação
com destaque: "A sentença foi vista por muitos no Brasil como evidência de
que políticos não estão imunes a punições".
Já o espanhol "El País" reforçou a ligação de Dirceu com Lula e
Dilma. O jornal também reproduziu o bate-boca entre o relator Joaquim Barbosa e
o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, "que anteriormente havia
absolvido Dirceu, e acusou Barbosa de surpreender o tribunal com o expediente
do dia".
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário