• Ministros temem que evento anime marchas por impeachment marcadas para o dia 15
Andréia Sadi – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - Ministros do governo Dilma Rousseff temem que um ato marcado para o dia 13 de março pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em defesa da Petrobras "infle" o movimento pró-impeachment agendado para 15 de março em diversas cidades do país.
Para governistas, o ato da CUT pode acirrar os ânimos e ser visto como provocação pelos organizadores de marchas contra a presidente.
Para evitar o "confronto", assessores presidenciais querem enviar emissários que possam convencer dirigentes da central a adiar seu evento.
Um ministro ouvido pela reportagem diz que o governo quer evitar a "competição" entre os dois atos, o que levará a uma comparação de público e de mobilização.
Grupos de oposição ao governo que promoveram protestos contra a presidente no final do ano passado, logo após a reeleição da petista, convocaram novas manifestações contra Dilma para o dia 15 de março (domingo). São pelo menos 50 cidades, incluindo São Paulo e outras capitais, com atos organizados por meio de redes sociais.
A preocupação de auxiliares do Planalto, segundo um ministro, é que o evento da CUT não seja bem sucedido, já que a central não é hoje um polo aglutinador para Dilma.
Apesar dos esforços do governo para aprovar medidas que visam reduzir gastos neste ano, por exemplo, a CUT tem conclamado trabalhadores, movimentos sociais e militantes a irem às ruas "contra a retirada de direitos, em defesa da classe trabalhadora, da Petrobras e da reforma política".
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