• 'Não faz sentido que o criminoso, que cometeu o crime, possa ter um benefício, e a empresa que não cometeu o crime, mas teve seu agente cometendo, tem que ser punido com o fechamento. É isso que somos contra', disse o ministro.
Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, se reuniu na noite desta segunda-feira, 2, com parte da bancada do PT na Câmara dos Deputados para defender a realização de acordos de leniência com as empresas envolvidas no escândalo de corrupção na Petrobrás.
"Não faz sentido que o criminoso, que cometeu o crime, possa ter um benefício, e a empresa que não cometeu o crime, mas teve seu agente cometendo, tem que ser punido com o fechamento. É isso que somos contra", disse o ministro.
A pedido da bancada, Adams veio explicar como funciona o acordo de leniência. Ele ressaltou que a iniciativa ajuda no combate à corrupção e tem por objetivo preservar a atividade econômica e garantir os 500 mil empregos envolvidos no setor. O ministro insistiu que não pode haver punição das empresas por causa de crimes eventualmente cometidos pelos seus executivos.
Ainda segundo o ministro, a União pedirá o ressarcimento integral. "Nós queremos o ressarcimento integral e não parcial", enfatizou. Os petistas saíram convencidos de que é preciso separar a atuação dos arrolados na Operação Lava Jato das empresas, de modo a garantir os empregos. De acordo com eles, entidades ligadas ao setor estão procurando os parlamentares preocupadas com a situação financeira das empresas. "O acordo de leniência é a melhor saída para superarmos esse impasse", defendeu o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).
Para o líder governista, é preciso retomar as políticas de desenvolvimento do País e garantir que não haja paralisação das obras em andamento. "A palavra de ordem é retomar a iniciativa para que o País volte a funcionar dentro da normalidade democrática", destacou Guimarães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário