Pré-candidato do PSDB à Presidência, governador defendeu continuidade do peemedebista em nome da recuperação econômica
Silvia Amorim | O Globo
SÃO PAULO - Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira que o melhor para o país é que o presidente Michel Temer (PMDB) continue no cargo até o fim do mandato. O plenário da Câmara começa a apreciar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer nesta quarta-feira.
— Espero que o presidente continue, porque estamos a menos de um ano do processo eleitoral. Precisamos ter cuidado para não fragilizar a economia que dá os primeiros passos de recuperação. Acredito que ele vai continuar e acho bom para o Brasil — afirmou Alckmin.
Na votação da primeira denúncia, em agosto, 10 dos 11 deputados federais do PSDB de São Paulo votaram a favor da abertura de ação criminal contra Temer. O alinhamento anti-Temer da bancada tucana paulista foi atribuído a Alckmin. Ele, entretanto, nega que tenha interferido na definição de voto dos parlamentares. Nesta manhã, o governador reafirmou que não se envolverá no assunto.
— Não vou interferir agora, assim como não interferi na primeira denúncia. É assunto da Câmara e dos deputados. Cada um votará de acordo com a sua convicção — disse ele.
PREOCUPAÇÃO ELEITORAL
A torcida do governador pela continuidade de Temer no cargo guarda também uma preocupação eleitoral. Não interessa a Alckmin, pré-candidato à Presidência em 2018, uma nova reviravolta política a menos de um ano da eleição. Principalmente com uma eventual chegada ao Planalto do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara.
O governador disputa a indicação de presidenciável do PSDB com o prefeito João Doria, seu afilhado político. Na última segunda-feira, aliados de Alckmin na direção do PSDB paulista lançaram um site para promover o governador nas redes sociais.
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