Nomes cogitados por Alckmin e Marina recusam sondagens
Dimitrius Dantas, Jeferson Ribeiro e Silvia Amorim | O Globo
SÃO PAULO, RIO E BRASÍLIA / A duas semanas do prazo para o registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto continuam sem um vice para compor a chapa. Mesmo depois ou bem perto das últimas convenções, que acontecem neste fim de semana, nenhum deles conseguiu bater o martelo, o que só aumenta as especulações e uma sucessão de nomes que não consegue parar em pé.
Embora as campanhas não admitam as sondagens, três nomes engrossaram ontem a lista de recusas ao posto. Candidato apoiado pelo centrão, o tucano Geraldo Alckmin já sabe que não poderá contar com a senadora Ana Amélia (PP) e o ex-deputado Aldo Rebelo (Solidariedade).
— Fico muito honrada mas o tamanho da minha perna dita o tamanho do meu passo seguinte. Fico muito feliz de ser lembrada mas não houve convite nem do meu partido nem de nenhum lado. E, se houvesse, minha resposta seria não — afirmou a senadora.
Aldo Rebelo negou que esteja em negociação para compor a chapa de Alckmin e descartou considerar a hipótese
A mesma dificuldade atinge a campanha de Marina Silva (Rede), que tentou atrair o ator Marcos Palmeira para vice, como sugeriu o porta-voz do partido Pedro Ivo, na última sexta-feira.
— A Marina sempre está querendo me alavancar a uma candidatura ao governo, a deputado ou ao Senado. E o Pedro Ivo ventilou a possibilidade de eu ser vice. Fiquei muito honrado, nunca me imaginei estar nesse lugar, mas não é o momento — disse Palmeira ao GLOBO, acrescentando que pretende participar ativamente da campanha.
Alckmin ainda trabalha com o cenário de chegar à convenção nacional do PSDB neste sábado com o vice no palanque. A primeira opção do tucano foi o empresário Josué Gomes (PR), filho do ex-vice-presidente José Alencar, indicado pelo centrão — bloco formado pelo DEM, PP, PR, PRB e SD. Mas ele recusou. Alckmin pretende comparecer a convenção nacional do DEM, na quinta-feira, em Brasília. O presidente nacional da sigla, ACM Neto, ganhou dos demais partidos do centrão a missão de negociar diretamente com o tucano a escolha do seu vice na chapa eleitoral.
No caso do PDT, o presidente da legenda, Carlos Lupi, e o presidenciável Ciro Gomes dizem ter convidado apenas um nome: Josué Gomes, que também foi cobiçado por Alckmin. Atualmente o posto está condicionado ao apoio a nível nacional do PSB. O nome mais cotado é o do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda.
— Não há novidades. Estamos trabalhando na decisão do PSB—diz o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo.
O pré-candidato pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro, também tem colecionado “nãos”. Já foram cogitados para compor sua chapa o senador Magno Malta, o general da reserva Augusto Heleno, o também general Antonio Mourão, a advogada Janaína Paschoal, o astronauta Marcos Pontes e o príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança. (Colaboraram Cristiane Jungblut, Luís Lima e Jussara Soares)
Nenhum comentário:
Postar um comentário