Presidenciável do PSDB afirmou que usará o tempo disponível na campanha para explicar como reduzir o déficit do País
Elizabeth Lopes | O Estado de S.Paulo
O presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou na manhã desta terça-feira, 31, em entrevista ao "Jornal Gente", da Rádio Bandeirantes, que é preciso ter maioria para avançar no processo eleitoral. "Numa campanha curta como essa, o tempo no rádio e na TV faz diferença, ainda mais quando não sou muito conhecido fora de São Paulo".
Indagado sobre como se portará quando receber a fatura dos partidos que o apoiam, como o Centrão, Alckmin disse que se esses partidos pedirem algo inadequado, não serão atendidos. Na entrevista, o tucano disse que usará o tempo disponível nessa campanha para explicar como reduzir o déficit do País. "É possível melhorar receita e cortar o déficit de R$ 140 bilhões em dois anos. Acredito que se formos eleitos, vai ter choque de otimismo, a Bolsa vai subir, haverá confiança que o País não vai quebrar e vai fazer a lição de casa."
O tucano lembrou que essa campanha será muito curta e as pesquisas de intenção de voto podem se alterar substancialmente. "O Aécio [Neves, candidato do PSDB à Presidência da República nas eleições de 2014] cresceu 12 pontos em menos de uma semana, às vésperas do primeiro turno", destacou.
O presidenciável do PSDB voltou a destacar: "quem for eleito deve aproveitar a legitimidade das urnas pra fazer as mudanças constitucionais necessárias que o País necessita", como as reformas tributária, política e previdenciária.
Vice
Indagado sobre quem poderá ser o vice em sua chapa, Alckmin brincou: "Também gostaria de saber." E repetiu que não deve ser de São Paulo e nem do PSDB. "Temos grandes nomes", disse, citando o correligionário Tasso Jereissati (PSDB-CE) mas admitindo que ele é de seu partido e a ideia é buscar alguém de outra sigla.
Comentando a informação de que o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa está sendo convencido pelo seu partido, o PSB, a rever sua posição e disputar a corrida presidencial, Alckmin disse que ele é um nome respeitável, mas que a decisão é sempre de foro íntimo.
Questionado sobre a redução da maioridade penal, disse que na época em que o seu secretário de Justiça era o hoje ministro do STF Alexandre de Moraes, eles propuseram para crimes graves o aumento da pena (do menor) para até 8 anos. E defendeu medidas que não precisem mexer nas cláusulas pétreas da Constituição.
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