Gustavo Chacra
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Insulza chega a Tegucigalpa e ouve da Corte Suprema que situação é irreversível; entidade pode suspender país
A Suprema Corte hondurenha rejeitou ontem o ultimato da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o governo deposto no domingo retorne ao poder. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse ontem que não há disposição em Honduras para restituir o poder ao presidente deposto, Manuel Zelaya, que decidirá se voltará ao país em tais circunstâncias. Ontem, Zelaya havia adiado para amanhã seu retorno a Honduras, inicialmente agendado para hoje.
Insulza anunciou que "a OEA continua reconhecendo Zelaya como legítimo presidente de Honduras, onde se cometeu uma ruptura grave da ordem constitucional". Ele acrescentou que a OEA decidirá hoje se suspende ou não Honduras da organização.
"Lamentavelmente, em Honduras não há condições para o retorno de Zelaya", declarou Insulza.
O presidente da Suprema Corte de Honduras, Jorge Rivera, disse pessoalmente ao secretário-geral da OEA que a "saída de Zelaya do poder é irreversível" e lembrou que há uma ordem de prisão contra ele.
Insulza chegou a Tegucigalpa ontem em um avião cedido pela Força Aérea Brasileira para entregar à Suprema Corte e ao Congresso a resolução da OEA. Não estava previsto um encontro com o presidente de facto, Roberto Micheletti.
Nas ruas, os hondurenhos continuavam divididos. Manifestantes que apoiam o governo de facto se postaram diante da residência presidencial. Vestiam azul e branco (as cores da bandeira hondurenha) e gritavam slogans contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Micheletti liderou o coro em alguns momentos. "Eles dizem que estamos com medo, mas aqui está a prova de que o povo não está com medo. Pedimos aos hondurenhos que se comuniquem com seus parentes ao redor do mundo para dizer que não há um golpe ocorrendo aqui", afirmou.
A poucos metros dali, aliados de Zelaya reuniram-se para marchar em defesa do retorno do presidente deposto. O Exército e a polícia reforçaram a segurança e não ocorreram choques entre os dois lados. A chuva que caiu durante a tarde ajudou a reduzir a tensão. Mas, no interior, há informações não confirmadas de violência.
Simpatizantes de Zelaya e do governo de facto organizam grandes marchas ao aeroporto para receber o presidente deposto. Partidários de Zelaya querem recebê-lo com festa. Simpatizantes de Micheletti defendem a prisão de Zelaya, que deve chegar acompanhado dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Rafael Correa (Equador).
Zelaya foi deposto no domingo e enviado para a Costa Rica. O governo de facto, com apoio do Congresso, das Forças Armadas e da Corte Suprema, acusa Zelaya de desrespeitar a Constituição por querer convocar uma consulta popular.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Insulza chega a Tegucigalpa e ouve da Corte Suprema que situação é irreversível; entidade pode suspender país
A Suprema Corte hondurenha rejeitou ontem o ultimato da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o governo deposto no domingo retorne ao poder. O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, disse ontem que não há disposição em Honduras para restituir o poder ao presidente deposto, Manuel Zelaya, que decidirá se voltará ao país em tais circunstâncias. Ontem, Zelaya havia adiado para amanhã seu retorno a Honduras, inicialmente agendado para hoje.
Insulza anunciou que "a OEA continua reconhecendo Zelaya como legítimo presidente de Honduras, onde se cometeu uma ruptura grave da ordem constitucional". Ele acrescentou que a OEA decidirá hoje se suspende ou não Honduras da organização.
"Lamentavelmente, em Honduras não há condições para o retorno de Zelaya", declarou Insulza.
O presidente da Suprema Corte de Honduras, Jorge Rivera, disse pessoalmente ao secretário-geral da OEA que a "saída de Zelaya do poder é irreversível" e lembrou que há uma ordem de prisão contra ele.
Insulza chegou a Tegucigalpa ontem em um avião cedido pela Força Aérea Brasileira para entregar à Suprema Corte e ao Congresso a resolução da OEA. Não estava previsto um encontro com o presidente de facto, Roberto Micheletti.
Nas ruas, os hondurenhos continuavam divididos. Manifestantes que apoiam o governo de facto se postaram diante da residência presidencial. Vestiam azul e branco (as cores da bandeira hondurenha) e gritavam slogans contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Micheletti liderou o coro em alguns momentos. "Eles dizem que estamos com medo, mas aqui está a prova de que o povo não está com medo. Pedimos aos hondurenhos que se comuniquem com seus parentes ao redor do mundo para dizer que não há um golpe ocorrendo aqui", afirmou.
A poucos metros dali, aliados de Zelaya reuniram-se para marchar em defesa do retorno do presidente deposto. O Exército e a polícia reforçaram a segurança e não ocorreram choques entre os dois lados. A chuva que caiu durante a tarde ajudou a reduzir a tensão. Mas, no interior, há informações não confirmadas de violência.
Simpatizantes de Zelaya e do governo de facto organizam grandes marchas ao aeroporto para receber o presidente deposto. Partidários de Zelaya querem recebê-lo com festa. Simpatizantes de Micheletti defendem a prisão de Zelaya, que deve chegar acompanhado dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Rafael Correa (Equador).
Zelaya foi deposto no domingo e enviado para a Costa Rica. O governo de facto, com apoio do Congresso, das Forças Armadas e da Corte Suprema, acusa Zelaya de desrespeitar a Constituição por querer convocar uma consulta popular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário