AGRUPEMOS os países da América Latina por previsibilidade política e estabilidade institucional. Um primeiro bloco de países, institucional e politicamente estáveis e previsíveis, reúne Chile, Costa Rica, Uruguai e República Dominicana. Um segundo bloco de países institucionalmente estáveis e politicamente menos previsíveis é formado por Brasil, Panamá, El Salvador, Peru, Colômbia e México. Peru responde às provocações de Venezuela e Bolívia, suavizando os atritos. México enfrenta os poderosos cartéis de drogas e é provável que o PRI, que o governou por décadas, se fortaleça nas eleições regionais.
Colômbia aguarda o desfecho do terceiro mandato de Uribe, que pela desmontagem das milícias e das Farc, teria eleição garantida. Mas seria outro perigoso precedente, legitimador dos "golpes constitucionais" chavistas. Um terceiro bloco é o dos países institucional e politicamente instáveis: Honduras e Guatemala (corredor de cocaína).
Honduras enfrenta um impasse. Seu presidente eleito pela direita, tempos depois, aderiu ao chavismo. Quis fazer na marra um plebiscito para sua reeleição. O Congresso não aprovou. "TSE" e "STF" declararam inconstitucional. Chávez enviou urnas e cédulas por avião. O Congresso o destituiu. Não seria o primeiro caso de solução constitucional, como no Brasil, no Equador e na Bolívia. Mas o Exército se precipitou e criou o pretexto golpista. Finalmente um bloco homogêneo, populista-autoritário, institucionalmente instável e imprevisível : Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Equador e Paraguai. Cuba se agrupa a eles, mas sua instabilidade é apenas uma previsão a longo prazo.
A Argentina seria incluída neste bloco. No entanto, os desdobramentos pós-eleições parlamentares começam a sinalizar um retorno político ao Cone Sul. Essa diversidade levou as relações dos EUA e da União Europeia com a América Latina passarem a ser bilaterais país a país, o que debilita o continente, econômica e politicamente. A crise econômica e os processos eleitorais, em 2009, mexeram pouco com a arquitetura latino-americana. Os populismos plebiscitários foram afirmados.
El Salvador, com economia associada aos EUA, mudou politicamente de lado, mas a moderação do novo presidente aponta para a estabilidade. No Panamá, o novo presidente ajustou-se à direita, sem turbulências. Na Argentina, a renúncia de Kirchner à presidência do PJ e a fumaça branca emitida pela presidente desestressam seu quadro. Afinal, um dos dois blocos de oposição é também peronista. Até o final do ano virão eleições no Uruguai e no Chile. A proximidade das eleições em Honduras em novembro, pode ajudar uma saída para o impasse.
Colômbia aguarda o desfecho do terceiro mandato de Uribe, que pela desmontagem das milícias e das Farc, teria eleição garantida. Mas seria outro perigoso precedente, legitimador dos "golpes constitucionais" chavistas. Um terceiro bloco é o dos países institucional e politicamente instáveis: Honduras e Guatemala (corredor de cocaína).
Honduras enfrenta um impasse. Seu presidente eleito pela direita, tempos depois, aderiu ao chavismo. Quis fazer na marra um plebiscito para sua reeleição. O Congresso não aprovou. "TSE" e "STF" declararam inconstitucional. Chávez enviou urnas e cédulas por avião. O Congresso o destituiu. Não seria o primeiro caso de solução constitucional, como no Brasil, no Equador e na Bolívia. Mas o Exército se precipitou e criou o pretexto golpista. Finalmente um bloco homogêneo, populista-autoritário, institucionalmente instável e imprevisível : Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Equador e Paraguai. Cuba se agrupa a eles, mas sua instabilidade é apenas uma previsão a longo prazo.
A Argentina seria incluída neste bloco. No entanto, os desdobramentos pós-eleições parlamentares começam a sinalizar um retorno político ao Cone Sul. Essa diversidade levou as relações dos EUA e da União Europeia com a América Latina passarem a ser bilaterais país a país, o que debilita o continente, econômica e politicamente. A crise econômica e os processos eleitorais, em 2009, mexeram pouco com a arquitetura latino-americana. Os populismos plebiscitários foram afirmados.
El Salvador, com economia associada aos EUA, mudou politicamente de lado, mas a moderação do novo presidente aponta para a estabilidade. No Panamá, o novo presidente ajustou-se à direita, sem turbulências. Na Argentina, a renúncia de Kirchner à presidência do PJ e a fumaça branca emitida pela presidente desestressam seu quadro. Afinal, um dos dois blocos de oposição é também peronista. Até o final do ano virão eleições no Uruguai e no Chile. A proximidade das eleições em Honduras em novembro, pode ajudar uma saída para o impasse.
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