SÃO PAULO - Num segundo passo para a construção de sua candidatura à Presidência da República em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) reúne hoje os 27 dirigentes estaduais do PSDB para debater a formação de palanques e alianças dos tucanos em todo o país. A pauta prevê que cada um dos presidentes da sigla apresente um raio-X da situação eleitoral em seu Estado: meta para eleição de deputados e possíveis alianças com outros partidos. Ao fim, Aécio terá à disposição um panorama da situação em todo o País, o que servirá para nortear a estratégia de sua possível candidatura.Ao mesmo tempo em que se informa do processo nos diversos Estados, com a reunião o senador mineiro envolve os dirigentes do PSDB em seu projeto nacional e passa uma imagem de unidade em torno de seu nome. O principal obstáculo à candidatura de Aécio está na ala paulista do partido, na qual o ex-governador José Serra mantém influência.
Serra voltou a se movimentar após os protestos de junho e deu sinais de que busca opções para concorrer novamente à Presidência da República.Entre as alternativas apresentadas por aliados do ex-governador estão desde a saída do PSDB - ele tem um convite para migrar para o PPS - até a improvável disputa de uma prévia com Aécio entre os tucanos. A disputa interna só teria chance de prosperar com o apoio significativo da seção paulista do tucanato. Por isso, Aécio intensificou contatos com dirigentes e deputados paulista.
Ontem, o senador se reuniu com os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, antes de um jantar com patrocinadores de um festival cultural de Minas.
Embora garantam que Alckmin não fará oposição ao projeto do mineiro, aliados do governador também afirmam que ele não fechará as portas para Serra. Para Alckmin - que é candidato à reeleição - o recall que Serra tem no Estado é uma fonte de apoio importante na disputa contra o PT.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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