Diretório do partido em São Paulo apresenta, na sexta (9), resultado de uma consulta aos socialistas do Estado sobre a candidatura presidencial do governador
Débora Duque
Focado, nos últimos 15 dias, em agendas locais, o governador Eduardo Campos (PSB) não descuidou de seu projeto presidencial. Ao longo deste segundo semestre, diretórios estaduais do PSB em todo o País anunciarão apoio oficial à sua candidatura à Presidência da República, em 2014. O primeiro movimento será feito pela ala paulista do partido nesta sexta-feira (9). Em evento organizado na sede estadual da legenda, será apresentado não só o resultado de uma "consulta" feita com as instâncias paulistas da sigla sobre a questão presidencial, como também um documento em defesa do desligamento imediato dos cargos no governo federal.
A ideia foi lançada pelo presidente do PSB de São Paulo, Márcio França. "Minha opinião é de que devemos deixar os cargos (federais) um ano antes da eleição. Se vamos mesmo disputar, não há razão para ter cargos", disse ao JC. Em São Paulo, o PSB mantém laços estreitos com o PSDB e participa do governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
A estratégia é uma forma de demarcar, no varejo, o posicionamento do partido e também mostrar que o voo nacional de Eduardo já não se restringe mais a um projeto pessoal. Pelos cálculos do diretório paulista, a candidatura presidencial do governador tem o apoio de 96% dos filiados no Estado. "Confiramos o que já sabíamos", afirmou. A moção de apoio será oficializada no ato que reunirá toda a executiva estadual do partido, mas não terá a presença do governador. Está sendo organizado ainda para este mês um evento de grande porte, em Campinas, - maior cidade administrada pelo PSB em São Paulo, cujo prefeito é Jonas Donizette. Eduardo estará presente como convidado de honra.
A iniciativa de realizar uma consulta oficial às instâncias locais do partido nasceu após as notícias de que a candidatura presidencial de Eduardo sofria resistências internas. Numa demonstração de unidade, a ausculta também foi feita em Estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso, além do Distrito Federal. As moções de apoio acontecerão em cadeia e seus anúncios distribuídos nos próximos meses numa velocidade que será ditada pelo ritmo de descolamento do governador em relação ao PT.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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