- Folha de S. Paulo
Alerta máximo
A preocupação do PT com a reaproximação entre Gilberto Kassab e o PSDB não se resume a São Paulo. Começa a ganhar corpo uma articulação para que Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central de Lula, seja vice na chapa de Aécio Neves. A possibilidade de o PSD romper o acordo para apoiar Dilma Rousseff e se aliar aos tucanos nas disputas nacional e paulista levou o Planalto a marcar conversa de Kassab com a presidente nesta semana. Lula também entrou no circuito.
Cortesia Na sexta-feira, Aécio e Meirelles tomaram um café amistoso durante compromisso do tucano na Amcham, a câmara de comércio Brasil-EUA, em São Paulo.
Capital-trabalho Um dos entusiastas da opção do ex-presidente do BC como companheiro de chapa do mineiro é o presidente da Força Sindical e do SDD, Paulinho da Força (SP).
Carteado Diante do peso que adquiriu na disputa eleitoral e dono de cerca de 1 minuto e meio de na propaganda eleitoral, Kassab está sendo comparado ao personagem Frank Underwood, do seriado "House of Cards", que vira vice e, depois, presidente dos EUA.
Chão da fábrica Em pesquisa realizada pelo Vox Populi entre filiados do Sindicato dos Metalúrgicos paulista, filiado à Força "aecista", Dilma aparece com larga vantagem em relação ao tucano e a Eduardo Campos (PSB).
Marcial De um aliado do tucano sobre o súbito rompimento do pacto de não agressão pelo ex-governador de Pernambuco: "Campos estava atravessando a rua de mãos dadas com Aécio e, de repente, deu um golpe de caratê nele, sem transição".
Asfixia Caso o PSB confirme a disposição de ter candidato próprio em Minas, os tucanos apostam que o partido não elegerá deputados. Já a sigla diz ter fôlego para fazer 3 estaduais e 2 federais.
No banco 1 Paulo Roberto Costa ficou fora da lista de depoimentos da CPI da Petrobras do Senado, mas está na mira dos deputados da comissão mista.
No banco 2 Mesmo que o ex-diretor da empresa, preso na Operação Lava Jato, não seja citado no plano de trabalho, parlamentares pretendem votar sua convocação.
Pendura Em troca de mensagens interceptada na Lava Jato, o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) pede que Alberto Youssef pague a conta de um jantar de R$ 1.500. O doleiro responde: "Sua conta estou pagando faz tempo".
Azar Na véspera do último Ano-Novo, Argôlo escreve para Youssef: "Comigo e família está tudo bem. O resto, não". E reclama de "passar a virada devendo aos outros". O doleiro não se faz de rogado: "Se com você e família tudo bem, o resto resolvemos".
Quartel Superadas as greves de policiais militares na Bahia, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, o governo federal monitora ameaças de paralisação em Mato Grosso. O Ministério da Justiça recebeu sinais de que o risco, por ora, é baixo.
Orçamento A cúpula da Câmara apresentou há mais de um mês aos líderes dos partidos um projeto de lei que estabelece um teto de gastos para as campanhas deste ano, como sugeriu o presidente do TSE, Dias Toffoli. A discussão não andou. Henrique Alves (PMDB-RN) vai tentar retomar o debate.
Execução Cada eleição teria seu próprio limite de despesas. Pelo texto, campanhas presidenciais poderiam gastar até R$ 290 milhões -pouco menos que os R$ 301 milhões que Dilma e seu comitê declararam em 2010.
Tiroteio
Como o governo do PT não teve competência para entregar o que prometeu, agora Lula caçoa dos brasileiros que acreditaram nele.
DO DEPUTADO DUARTE NOGUEIRA, presidente do PSDB-SP, sobre Lula falar que é "babaquice" a preocupação de ter mobilidade de Primeiro Mundo na Copa.
Contraponto
Do pescoço para baixo é canela
Recém-eleito presidente, Lula viajou a Washington em dezembro de 2002 para um encontro com George W. Bush na Casa Branca.
O brasileiro, despreocupado com o protocolo, e o americano, alheio à informalidade de Lula, tiveram uma conversa amena no Salão Oval.
No meio do papo, Lula estava tão descontraído que colocou sua mão sobre a perna de Bush. O americano, então, ruborizou:
-Depois da minha mulher, você é a primeira pessoa que coloca a mão aí...
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