• O presidente da Câmara também criticou a Central Única dos Trabalhadores por combater o projeto aprovado na Câmara
Pedro Venceslau e Mario braga - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a presidente Dilma tem que ter “cautela” no debate sobre a terceirização. Em evento da Força Sindical nesta sexta-feira, 1º de maio, para comemorar o Dia do Trabalho, na capital paulista, Cunha afirmou que a presidente não é sustentada politicamente somente pelo PT, mas por vários partidos e todos votaram pelo projeto da terceirização.
"A presidente da República tem que ter cautela, ela tem o direito de vetar qualquer proposta, embora a última palavra seja do Congresso", disse ele. "É muito importante que a pauta do PT não seja do governo".
O presidente Câmara também criticou a Central Única dos Trabalhadores por combater o projeto de terceirização aprovado na Câmara.
"A CUT usou o PT para fazer o debate equivocado. Fazem esse embate político só para proteger a arrecadação sindical deles", disse. Ao lado do deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente licenciado da entidade, Cunha afirmou que não foi ao evento da CUT por não ter sido "convidado".
Direitos. O presidente da Câmara voltou a defender o projeto da terceirização e disse que ela não causa prejuízo ao trabalhador. "Pelo contrário, reconhece direitos", afirmou. “Virando lei, a terceirização será um ganho para o trabalhador”, afirmou Cunha nesta sexta-feira, durante ato promovido pela Força Sindical para comemorar o Dia do Trabalho.
Cunha listou a responsabilidade solidária do contratante e o recolhimento de contribuições previdenciárias como pontos positivos do projeto. Sobre a situação econômica do País, o presidente da Câmara disse que os trabalhadores brasileiros devem estar apreensivos diante da possibilidade de perda do emprego e da renda.
Também presente ao evento, o presidente licenciado da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) , afirmou que o trabalhador não tem motivos para comemorar neste primeiro de maio,
Dia do Trabalho. "Hoje é um dia de muita tristeza para os trabalhadores. O País em crise, o País em desemprego, inflação está voltando. Enfim, além disso o governo tentando tirar direitos por outro lado,", afirmou, citando as alterações no seguro-desemprego, seguro-defeso, abono salarial e pensão por morte. "É um ataque ao direito dos trabalhadores e é preciso resistir", disse.
O ato promovido pela Força Sindical reúne centenas de pessoas na Praça Campo de Bagatelle, zona norte da capital paulista.
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